sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

EUA: Associação Nacional de Rifles propõe policiais armados em escolas


Após massacre de Connecticut, americanos reabriram debate sobre uso de armas


Mulher interrompeu discurso, colocando-se em frente das câmeras com cartaz, dizendo ‘a NRA tem sangue nas mãos’
Foto: ALEX WONG / AFP
Mulher interrompeu discurso, colocando-se em frente das câmeras com cartaz, dizendo ‘a NRA tem sangue nas mãos’ ALEX WONG / AFP
WASHINGTON - A Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês) rebateu nesta sexta-feira as críticas sobre o uso de armas nos EUA, um debate que foi reaberto após o massacre em Connecticut, onde 26 pessoas morreram numa escola infantil na última sexta-feira. Em comunicado, o vice-presidente da associação, Wayne LaPierre, acusou opositores de fazerem uso político da chacina e instou o governo a colocar policiais armados em todas as escolas do país.
- Peço ao Congresso hoje para agir imediatamente para resolver o que for necessário para colocar policiais armados em todas escolas dos EUA - disse LaPierre. - A única coisa que impede um homem mau com uma arma é um homem bom com uma arma.
LaPierre acusou o governo, ao aprovar as escolas como zonas livres de armas, de deixar os cidadãos americanos vulneráveis, desprotegidos e sem defesa. O vice-presidente disse que a associação vai usar seus recursos para desenvolver um modelo nacional para proteger instituições de ensino.
- Não podemos perder tempo debatendo legislação que não vai funcionar. Não podemos deixar política e preconceito nos impedirem de agir - disse LaPierre.
Após o discurso de LaPierre, foi a vez do ex-congressista Asa Hutchinson falar. Ele foi o escolhido para liderar o programa da NRA para proteger as escolas. Hutchinson liderou a DEA, a agência antidrogas americana, e foi lobista da Fortress America Acquisition Corporation, uma empresa que atua no ramo de segurança doméstica nos EUA
- Equipes de segurança armadas, treinadas e qualificadas serão um elemento do plano, mas de forma alguma o único elemento - disse Hutchinson.
Houve dois protestos durante o pronunciamento de Wayne LaPierre. No primeiro, uma pessoa entrou na frente das câmaras acusando a NRA de matar crianças. No segundo, uma mulher carregava um cartaz dizendo que a associação tinha "sangue nas mãos".

Fonte: O Globo