Cenários
A PEC 300 é discutida pelos novos Governadores e a Presidência em Janeiro, todos concordam que 47 bilhões é muito dinheiro e determinam aos seus Deputados e Senadores para votarem contra.
As entidades de classe vão ao Congresso Nacional e ameaçam uma greve geral. O governo oferece aos líderes dos policiais empregos federais e um aumento irrisório para a tropa, tipo 30% sobre o valor que cada Estado paga atualmente (dividido em 40 parcelas, é lógico).
Os líderes voltam aos seus Estados satisfeitos com o "resultado" dessa ampla negociação e anunciam o fim das manifestações. Aqui e ali aparecem novos líderes descontentes, novas manifestações e aquartelamentos. Os governos reagem punindo e expulsando os envolvidos.
Começa o mês de fevereiro. A tropa revolta-se com a perseguição política e o endurecimento por parte do Estado, começam a parar seus serviços e tomar os quartéis. Os Oficiais apoiam o movimento. Forças federais são chamadas para comandar e substituir as polícias.
Começa o mês de março. Cancelado o Carnaval de Salvador, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Olinda, de Recife... por falta de segurança. O comércio não funciona, as escolas e bancos estão fechados, o trânsito está um caos, falta alimentos nas grandes cidades, os homicídios disparam, roubos, estupros e disputas pelo controle criminoso de cidades inteiras... toque de recolher é estabelecido
Presos iniciam rebeliões em todos os presídios, as Forças Armadas não tem efetivo para guarnecer todas as frentes de serviço. Os poucos policiais que trabalhavam param suas atividades. Golpe militar é iminente. Governo recua e aprova a PEC 300.
A Democracia sobrevive.
Giovanni Valente
Giovanni Valente
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