quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Policiais Militares dão Golpe de Estado no Equador

Rafael Correa teria sido ferido durante protesto de policiai. Equador decreta estado de exceção; presidente estaria cercado em hospital

 





O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, afirmou nesta quinta-feira que o presidente do país, Rafael Correa, está cercado em um hospital militar na capital, Quito. 

Correa teria sido agredido com pedradas por policiais que protestam contra um decreto de revisão de seus salários. 

Centenas de militares e policiais tomaram nesta quinta-feira o maior quartel de Quito e o aeroporto internacional da cidade, em protesto contra o decreto, aprovado pelo Congresso Nacional. 

A medida elimina benefícios sociais e afeta os salários dos policiais, disseram representantes da categoria.
'Golpe' 

O governo declarou estado de exceção e afirma que "há tentativa de golpe de Estado". 

O chanceler convocou os manifestantes a acompanhá-lo ao hospital "para resgatar o presidente", dizendo que havia "gente tentando entrar pelo teto para tirá-lo dali". 

"Vamos juntos, companheiros, resgatar nosso presidente. Não temos medo", afirmou Patiño, do lado de fora da sede de governo, a milhares de manifestantes. 

Há sinais de divisão entre os militares. O Chefe do Comando das Forças Armadas do Equador, Ernesto González, disse estar subordinado ao presidente. 

Membros da Força Aérea, no entanto, se uniram aos protestos e tomaram o principal aeroporto do país, o Mariscal Sucre, em Quito, que permanece fechado. 


Fonte: O Globo

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jornal mexicano pede a traficantes que parem de matar jornalistas

Em editorial, El Diario pergunta a criminosos que tipo de notícias querem que sejam publicadas



CIDADE DO MÉXICO - O El Diario, maior jornal de Ciudad Juarez, no México, publicou no domingo, 19, um editorial em que pede orientações aos traficantes sobre como acompanhar as notícias sem que seus repórteres sejam assassinados por causa disso.

"Vocês são a autoridade 'de fato' na cidade agora", afirmou o El Diario, que circula em Ciudad Juárez (fronteira com os EUA), dirigindo-se aos cartéis que já mataram mais de 6.400 pessoas na cidade desde 2008.

"Expliquem o que vocês querem de nós, o que vocês querem que publiquemos ou paremos de publicar", dizia o editorial.

Entidades especializadas dizem que o México é um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo. Mais de 30 profissionais da imprensa já desapareceram ou foram mortos desde que o presidente Felipe Calderón iniciou sua "guerra às drogas", no final de 2006, segundo um relatório lançado neste mês pelo Comitê para a Proteção de Jornalistas, com sede nos EUA.

Os jornais mexicanos cada vez mais praticam a autocensura na cobertura da "guerra às drogas" e o El Diario não citou nenhum dos traficantes que disputam o controle das rotas das drogas na cidade.

Alguns veículos de comunicação pararam de citar o nome dos cartéis e de noticiar tiroteios. Jornalistas em Ciudad Juárez especulam que colegas seus foram mortos apenas por terem escrito reportagens citando os nomes de certos traficantes ou de seus rivais.

O El Diario, cuja redação funciona em El Paso, no Texas, disse que um fotógrafo seu foi assassinado por pistoleiros do tráfico, na semana passada, e um outro profissional havia sido morto havia menos de dois anos. "Não queremos mais mortes", disse o jornal. "Digam o que vocês querem de nós."

O governo mexicano mobiliza milhares de policiais e soldados para o combate aos traficantes, mas as autoridades não conseguem conter a brutal ofensiva promovida em Ciudad Juárez por Joaquin "El Chapo" Guzman, o traficante mais procurado do país.

"El Chapo" (ou "Baixinho") tenta tomar o controle da cidade das mãos de Vicente Carrillo Fuentes, líder histórico do Cartel de Juárez, que segundo especialistas domina cerca de um quinto do narcotráfico, atividade que, conforme estimativas, rende 40 bilhões de dólares por ano aos cartéis.


Fonte: O Estadão

domingo, 19 de setembro de 2010

Paraquedistas se tornam desertores para engrossar fileiras do tráfico e da milícia

Um salto para o crime




RIO - Cada vez mais paraquedistas abandonam a vida na caserna para pousar no campo minado do tráfico ou das milícias. Homens de elite do Exército com mais cursos especializados em combate, os militares da Brigada Paraquedista são alvos fáceis das quadrilhas, uma vez que não há perspectivas de emprego quando saem do quartel. Uma pesquisa feita pelo Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação do Ministério Público Militar (MPM) revela que, de janeiro de 1997 a agosto de 2007, houve 191 deserções, sendo 175 só de soldados, oito sargentos e oito cabos, alguns reincidentes. De acordo com o levantamento, 25 cometeram crimes depois da deserção (16,13%).

 
As táticas militares mostradas por bandidos da quadrilha do chefe do tráfico da Rocinha, Antonio Bonfim Lopes, o Nem, durante uma manobra para protegê-lo, que culminou com a invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, no mês passado, chamou atenção para os "soldados" do traficante. No último dia 1, foi preso o ex-cabo paraquedista Jorge Luiz de Oliveira - cujo nome na caserna era J. Oliveira e, no morro, tinha o apelido de Jorginho PQD -, acusado pela polícia de fazer a segurança de Nem.

 
Quadrilha de Nem tem quatro ex-militares

 
Antes da pesquisa do MPM, o promotor João Rodrigues Arruda revelou que 1.172 militares desertaram das três Forças Armadas de 2000 a 2005. Deste total, houve 142 deserções só nos quartéis da Brigada Paraquedista. Na lista dos que abandonaram a tropa de elite neste período, quatro já foram presos ou ainda atuam no tráfico da Rocinha como seguranças, armeiros ou compradores de armas e munição. O GLOBO cruzou os nomes da lista com dados dos processos da Auditoria de Justiça Militar, do Tribunal de Justiça do Rio e do Detran.

 
Na lista de desertores de 2000 a 2005, cerca de 20% dos militares têm antecedentes criminais, que incluem de tráfico a crimes enquadrados pela Lei Maria da Penha. O GLOBO ouviu alguns militares que serviram neste período e saíram depois de sete anos de serviços prestados. Eles confirmam que alguns colegas que desertaram foram se integrar ao tráfico e às milícias, onde ganham até R$ 5 mil mensais.

 
Um dos listados, Hudson Leandro dos Santos, de 31 anos, é um dos que mais têm anotações criminais em sua ficha: seis. Além de deserção, prevista no Código Penal Militar, ele responde por tráfico, na Cidade de Deus, onde foi preso, em agosto de 2006. Por este crime, chegou a ser condenado a mais de quatro anos de prisão, de acordo com processo na 2 Vara Criminal de Jacarepaguá.

Jorge, Hudson e outro militar suspeito de integrar o bando de Nem serviram com o ex-paraquedista X., que pediu para não ser identificado, embora não tenha sido desertor. Ele contou que, dos três, Jorge era o mais preparado:

- J. Oliveira era um cara vibrante. Não fumava, não cheirava. Ele era bom de tiro, excelente na parte física. Ele era atleta, judoca que competia pela Brigada, mas ele comentava que era revoltado com o sistema. Sabia que não tinha perspectivas quando saísse do quartel, não tinha um auxílio desemprego.

 
Segundo X., que passou sete anos na Brigada Paraquedista, chegando a atuar nas missões de paz no Haiti, não há amparo financeiro suficiente por parte do Exército, quando eles deixam a caserna. Os jovens entram pelo serviço militar obrigatório e depois optam por trabalhar na Brigada Paraquedista. Quando o militar sai, leva o equivalente a um soldo por ano que esteve no quartel.


Vera Araújo


Fonte: O Globo

terça-feira, 14 de setembro de 2010

MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO NO TRE/RN DEFENDE DIFERENÇA SALARIAL AO POLICIAL EMPREGADO NO PLEITO ELEITORAL

Eleições 2010



O policial militar, Soldado Eduardo Canuto, candidato à Deputado Estadual, entrou com um Mandado de Segurança com Pedido de Liminar junto ao Tribunal Regional Eleitoral, por intermédio de seu advogado, Paulo Lopo Saraiva, para que seja verificado o desvio de função dos policiais e bombeiros militares empregados no Pelito Eleitoral e que recebam o correspondente a um policial militar de Brasília, caso continue o desvio.

 
O Mandado de Segurança foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral sob o número MS 540944, no último dia 10 do corrente mês e ano. No entender do impetrante a Polícia Militar não seria responsável pela segurança do Pleito Eleitoral, já que constitucionalmente a responsabilidade é atribuída às Forças Armadas (art. 142, da CF).

 
Dessa forma, a PM deveria ser convocada pela União, por meio de Decreto assinado pelo Presidente da República, por constituir-se força auxiliar e reserva do Exército, conforme preceitua o parágrafo 6º do artigo 144 da Carta Magna, bem como o Decreto Federal nº 88.540/1983 que trata da convocação da polícia militar e do corpo de bombeiros militar em casos especiais.

 
Pela ação, caso o policial ainda venha a trabalhar nas eleições, este deverá fazer jus à remuneração correspondente ao policial militar do Distrito Federal, "já que, ao serem convocados serão uma só força e a PM de Brasília e do RN ganham superior ao Exército, não sendo possível, portanto, comparar a remuneração a do Exército, sob pena de haver redução salarial o que é vedado constitucionalmente (...) e, se a União paga determinado valor ao PM do Distrito Federal, é porque o Estado Brasileiro reconhece como justo, aquela quantia pelos serviços prestados de um policial militar", alega o advogado da ação, Paulo Lopo Saraiva.

Ainda pela ação, é requerida a instalação de urnas especiais nos Quartéis para que os militares possam exercer o seu direito de voto, já que o Tribunal Superior Eleitoral alegou ser possível a instalação das referidas urnas, em decisão a uma outra petição impetrada pela ASPRA-PMRN.

 
O Mandado de Segurança c/c Pedido de Liminar foi muito bem fundamentado à luz do direito e espera-se que seja deferido, ao menos parcialmente.

 
Fonte: Blog do Adeilton

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Homicídios aumentam 32% em 15 anos

A taxa de homicídios no Brasil cresceu 32% em 15 anos, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na publicação "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010".



Segundo o estudo, a taxa de mortes por homicídio no país aumentou de 19,2 em 1992 para 25,4 em 2007 a cada 100 mil habitantes.

Os dados — fornecidos pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde — indicam que entre 1992 e 2003 o coeficiente cresceu e, a partir de 2004, obteve tendência de queda.

O estudo mostra ainda que os homens apresentavam uma taxa (47,7) superior à das mulheres (3,9).

Os estados com piores índices em 2007 foram Alagoas (59,5), Espírito Santo (53,3) e Pernambuco (53,0).

O Rio de Janeiro ocupava o 4 lugar, após baixar de 50,8, em 2004, para 41,5, em 2007.

As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (10,4), Piauí (12,4) e São Paulo (15,4).


Fonte: O Globo

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ladrões roubam caminhão com 2,3 toneladas de explosivos em SP

Alerta




SÃO PAULO - Um caminhão que transportava quase 2,5 toneladas de explosivos foi roubado na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, nesta quarta-feira. As Forças Armadas e as Polícias Militar e Civil estão em alerta porque o material tem alto poder explosivo. As bananas de dinamite e sacos de um explosivo em pó estavam sendo transportados para duas pedreiras - uma na capital paulista e outra em Santana do Parnaíba. O material seria usado para explodir rochas.

 
O caminhão estava entrando na capital quando foi fechado por dois carros. Cinco ladrões saíram dos veículos e anunciaram o assalto. Eles fecharam o veículo e obrigaram o motorista, Ranilson Felix da Silva, a parar no acostamento. O motorista foi sequestrado. Ele ficou em poder dos bandidos por mais de seis horas.

 
- Me levaram para uma casa, no meio de uma favela, tipo um cativeiro. Lá tinha uma escada, e havia uma portinha de um meio metro e mandaram eu entrar lá dentro do buraco. Eu fiquei lá sentado - conta Ranilson.

A polícia não tem pistas do bando.

 
A empresa responsável pelo transporte do material informou que cumpre todas as exigência do Exército. Segundo a empresa, o explosivo só pode ser manuseado por pessoas com conhecimento técnico.

 
O motorista foi ouvido no fim da tarde desta quarta-feira (1º) no Departamento de Combate ao Crime Organizado (Deic).



FONTE: SPTV

Caveirinha

PM recebe para teste novo veículo blindado






RIO - Veio de Arzamas, na Rússia, e viajou durante um mês num navio que partiu de São Petersburgo o possível "caveirinha": um veículo blindado usado pelo Exército russo, com dimensões menores que as do caveirão da Polícia Militar, e que poderá ser adotado pela corporação. O veículo foi cedido pelo fabricante, Rosboron Export, para ser testado por um ano pela PM e poderá reforçar a segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Trata-se da quarta geração de um blindado projetado e construído para o transporte de tropas em qualquer tipo de terreno.

 
Com 2,10 metros de largura, 5,70 de comprimento, 6.200 quilos, motor a diesel e capacidade para 11 pessoas (no caveirão são 17), o veículo de patrulhamento em áreas conflagradas chegou ontem ao Centro de Manutenção de Veículos Blindados da PM, na sede do Batalhão de Choque. Assim que chegou, foi cercado por mecânicos e outros militares curiosos. O modelo custa cerca de R$ 1 milhão.

 
- Teremos dois dias para conhecer o veículo a fundo, antes de entregá-lo para o Bope. Por isso, perguntem tudo. Vamos avaliar esse veículo para ter um diagnóstico completo - disse à tropa de mecânicos o coronel Cid Souza, chefe do centro de manutenção.

 
O comandante do Bope, coronel Paulo Henrique Moraes, que esteve na Rússia para conhecer o modelo, disse que pediu à empresa algumas adaptações para a realidade fluminense, como ar-condicionado e blindagem da caixa do motor.



Fonte: O Globo