sábado, 26 de janeiro de 2013

Brigada de paraquedistas do Rio de Janeiro deve ser transferida para Anápolis-GO



A Brigada Paraquedista do Exército terá casa nova em 2016. O alto comando pretende levar a importante unidade militar do Rio de Janeiro para Anápolis. Os militares aproveitarão a estrutura da base aérea e a localização centralizada do município. Outro ponto levado em consideração é a “ausência” de crime organizado em Goiás, pois no Rio ex-soldados estão sendo cooptados para atividades criminosas. Os paraquedistas são combatentes de primeira linha.

Os paraquedistas são treinados para lidar em situações adversas no campo de batalha – como infiltração no campo adversário, já que são lançados de paraquedas além das linhas inimigas.


Fonte: Jornal Opção

Polícia Militar do Rio testa novo balão de observação de segurança

À procura de novas tecnologias para auxiliar no monitoramento de grandes eventos e operações, a Polícia Militar do Rio de Janeiro testou, pela segunda vez, um balão de observação de segurança. O teste foi realizado  no pátio do Comando de Operações Especiais (COE). O equipamento tem 2,5m de altura e 4m de diâmetro e é de fabricação nacional.



Chefe do Centro de Comando e Controle da PM (CCOPOM), tenente-coronel Márcio Costa Lima, avaliou de forma positiva o teste do balão. "O teste foi muito satisfatório. A intenção é experimentar equipamentos de outros fornecedores, em eventos mais próximos com grandes multidões", explicou.
O equipamento testado chega a 150 metros de altura, o equivalente a um prédio de 50 andares, e por meio de uma câmera de alta resolução, pode monitorar um raio de sete quilômetros. As imagens são transmitidas para um centro de controle por meio do cabo que prende o equipamento ao solo. Para permitir o uso em operações noturnas, as câmeras de vigilância serão equipadas com sensores infravermelhos.
O tempo máximo em que o balão permanece no ar é de sete dias sem interrupção. A corporação espera utilizar este tipo de recurso nos grandes eventos esportivos, como na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016. A PM ainda vai abrir licitação para a compra deste tipo material e os testes do balão foram realizados sem nenhum custo para a corporação.

No Réveillon, um balão fabricado em Israel foi testado na Praia de Copacabana. Ele foi reprovado porque os técnicos não tinham equipamento para fazer a manutenção dos cabos de fibra ótica, que se romperam durante o teste.


Fonte: Jornal do Brasil

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pesquisadores da UnB desenvolvem método que identifica rastros de armas de fogo





Técnica com substâncias luminescentes ajuda a identificar vários elementos em cenas de crimes. Polícia Federal acompanha a pesquisa e estuda tornar o produto obrigatório para fabricantes de armamentos e munições em todo o país

Uma equipe do Instituto de Química da Universidade de Brasília desenvolve marcadores visuais que permitem identificar resíduos de pólvora em cenas de crime, rastrear a origem de uma bala e até a distânca do tiro e porte físico do atirador. Os marcadores são uma mistura de lantanídeos luminescentes se destacam sob luz ultravioleta. A pesquisa tem apresentado índices próximos a 100% de acerto e pode revolucionar os sistemas periciais de todo mundo, aumentando sua eficácia e rapidez e barateando investigações. No Brasil, a Polícia Federal (PF) tem acompanhado o grupo e sinaliza intenção de criar uma legislação que obrigue fabricantes de munição a incluir os marcadores desenvolvidos na UnB.


A vantagem mais básica dos marcadores é que são fáceis de identificar. “O material é muito luminescente. Se a arma disparou, o resíduo acaba depositado em cima da vítima e do atirador”, explica o professor Marcelo Rodrigues. Como os vestígios são vistos com precisão, pode-se confiar nesses rastros para calcular vários componentes. “Dá para identificar o físico do atirador, distância de tiro e analisar se foi assassinato, suicídio ou execução. Outra coisa interessante é que, pelos rastros, você consegue identificar se o indivíduo atirou ou se somente manipulou a arma”, completa.




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Além de Marcelo, o grupo de pesquisa é composto por dois alunos de pós-graduação e um de graduação, dois peritos da PF e um pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). São coordenados pela professora Ingrid Weber, que começou os estudos na UFPE em 2009, e desde 2011 está na UnB.


Em Pernambuco, ela desenvolveu uma primeira geração de marcadores. Em Brasília, criou uma espécie de código de barras, combinações únicas de cores que diferenciam lotes de fabricação. Isso é possível porque os marcadores emitem ondas de vários comprimentos. Misturando-as, são obtidas padronagens diferenciadas. “Com isso, dá para diferenciar calibres e dizer se é munição civil ou policial”, exemplifica Marcelo. No momento, o grupo analisa, junto com a PF, maneiras de se detectar, por meio dos vestígios visuais, características da trajetória e velocidade da bala e da ação do atirador. Essa terceira etapa deve ser concluida ainda em 2013.


Marcelo afirma que o sistema que a polícia adota para identificar rastros de tiros está longe de ser tão preciso quanto o desenvolvido na UnB. Atualmente, trabalha-se com reagentes que revelem a presença de chumbo, bário e etimônio, componentes de bala. Esse sistema, no entanto, tem grande percentual de falsos negativos, segundo Marcelo.


Existe outra técnica, adotada em investigações mais sofisticadas, como as da PF, Scotland Yard (da Inglaterra) e FBI (Departamento de Investigação Federal dos EUA). Nela, um microscópio eletrônico vasculha partículas em busca dessas mesmas substâncias. Mas mesmo assim a eficácia é baixa. “Um artigo da Polícia de Detroit diz que deram deram 150 tiros para encontrar vestígios de apenas cinco”, diz Marcelo. Ele acrescenta que a demora da análise e os preços dos microscópios eletrônicos inviabilizam sua aplicação em larga escala.


O preço é outra vantagem do método de marcadores visuais. Misturados à pólvora na indústria, eles não exigem nenhuma mudança na linha de produção e custariam, para o fabricante, US$ 0,2, em média. O cálculo foi feito em cima da 1ª geração de marcadores. “A inclusão dos marcadores, além facilitar a identificação de vestígios, barateia o processo para a polícia porque só precisa de luz ultravioleta para funcionar”, resume Marcelo.


Fonte: http://www.unbciencia.unb.br

domingo, 13 de janeiro de 2013

Para a Copa, segurança fica em 1.º plano


Goiás ficou fora desse investimento, mesmo tendo o entorno do DF e suas cidades turísticas impactadas pelas ações da Copa em Brasília.



No segundo ciclo de planejamento para o evento, o governo federal prometeu ao longo de 2012 mais R$ 2,46 bilhões de investimentos em segurança, turismo e telecomunicações. As ações de segurança pública vão comprometer a maior parte destes recursos, R$ 1,87 bilhão.

Nestas três áreas, o investimento é quase todo direto do governo federal, com a previsão de apenas R$ 18 milhões em contrapartida das sedes no turismo. 

Estão contempladas nessa fase a oferta da tecnologia 4G e de banda larga de alta velocidade em todas as sedes, a construção de centros de apoio a turistas e ações de inteligência, controle de fronteiras, entre outras medidas de segurança.


Eduardo Brescini, O Estado de S. Paulo

Fonte: Blog do Noblat

No Brasil, só 5% dos homicídios são elucidados


No Reino Unido, taxa é de 85% e nos EUA, de 65%; 85 mil inquéritos abertos em 2007 ainda estão inconclusos


A meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) — parceria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça — previa concluir até abril de 2012 todos os inquéritos abertos até dezembro de 2007 para investigar casos de homicídio. Mas, do total de 136,8 mil inquéritos, apenas 10.168 viraram denúncias e 39.794 foram arquivados. Outros 85 mil inquéritos ainda estão em aberto.
Segundo Taís Ferraz, conselheira do CNMP e coordenadora do Grupo de Persecução Penal da Enasp, o trabalho para concluir essas investigações continua.
— A polícia está fazendo diligências na maioria desses 85 mil inquéritos. Parte deles ainda pode virar denúncia — diz.
Agora, o CNMP também trabalha com inquéritos registrados até 2008. A meta é concluí-los até abril deste ano, mas, até agora, 95% dos inquéritos continuam em aberto. Entre os que avançaram, apenas 246 viraram denúncia.
Para o jurista e ex-promotor de Justiça Luiz Flávio Gomes, o esforço do Ministério Público para resolver os inquéritos inconclusos é louvável, mas os números evidenciam o sentimento de impunidade no país.
—Temos uma média de 5% de resolução de homicídios. No Reino Unido esse número é de 85%, nos Estados Unidos, de 65%. Nosso número é ridículo. Ainda reina uma impunidade muito grande — diz ele.

Guilherme Voitch, O Globo


Fonte: Blog do Noblat

sábado, 12 de janeiro de 2013

Tribunal do Júri pode passar a julgar acusados de corrupção




O Tribunal do Júri, formado por cidadãos em vez de juízes, pode passar a julgar crimes de corrupção ativa como passiva. Projeto de lei com esse objetivo, do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), aguarda designação do relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

De acordo com o Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3.689/1941), quem cometer homicídio, induzir ou auxiliar a suicídio, infanticídio e aborto (os chamados crimes dolosos contra a vida) deve ser julgado pelo Tribunal do Júri. O PLS 39/2012 altera o CPP para incluir crimes de corrupção entre os passíveis de serem julgados dessa forma.
Ao justificar a proposta, o autor ressaltou que o nível de corrupção de num país guarda relação com os obstáculos impostos à prática, bem como ao tipo de punição aplicada. Os corruptos, observou o senador, avaliam se os problemas e penalidades enfrentados valem a pena se comparados ao valor dos rendimentos advindos da conduta.
“A penalidade para a corrupção é um conjunto de probabilidades de ser pego, e, uma vez pego, de ser punido. Isso é importante para que o indivíduo tome a decisão de ser corrupto ou não”, explica Cyro Miranda.
Para o senador, ampliar a competência do Tribunal do Júri para julgamento de crimes de corrupção, tanto ativa como passiva, vai dificultar a atuação de indivíduos corruptos e garantir mais respeito à democracia.
Pesquisa da organização não governamental Transparência Internacional aponta que o Brasil ocupou, em 2012, o 73º lugar no ranking dos países mais corruptos do mundo, entre 182 países pesquisados, informou Cyro Miranda. Numa escala de zero (muito corrupto) a dez (muito limpo), informa o estudo, o Brasil obteve nota 3,8.
Atualmente, ressalta o senador, a corrupção é tema presente em discussões sobre ética e política. Desde a posse da presidente Dilma Rousseff até janeiro de 2012, observou, seis ministros caíram em decorrência de denúncias e suspeitas de corrupção.
Para o senador, é importante dificultar a prática da corrupção, já que os atores políticos no país não distinguem o que seja amoral ou imoral. No Brasil, a diferença entre as ações dos políticos, disse é determinada apenas pelo seu sucesso ou não, ressalta.
Agência Senado
Fonte: Jornal do Brasil