segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

PM's cruzam os braços a partir da zero hora deste terça, policiais civis, delegados e agentes penitenciários param na sexta


Greve PEC 300 



As  Polícias civil e Militar, os agentes penitenciários e os delegados de polícia, decidiram paralisar as atividades para pressionar o Governo a pagar o reajuste salarial aprovado em outubro do ano passado pela Assembleia Legislativa, equiparando os salários aos valores dos salários dos policiais do estado de Sergipe, que corresponde a um valor semelhante a proposta pela Pec 300 em tramitação no Congresso Nacional. A decisão foi tomada em assembléia geral conjunta na Praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Redenção. Os policiais militares entram em greve a partir da zero hora desta terça-feira, enquanto os policiais civis paralisam a zero hora da sexta-feira.

 
A assembléia rejeitou uma proposta apresentada pelo Governador Ricardo Coutinho, durante um encontro ocorrido nesta terça-feira (28) que durou mais de quatro horas na sede da Cinep, em João Pessoa, quando o Governo se comprometeu em criar uma comissão para fazer o acompanhamento da situação financeira do Estado e num prazo máximo de 30 dias, seria apresentada para a categoria uma proposta, com os percentuais para reajuste dos salários, data e prazo para implantação no contra-cheque dos policiais.
 

Os policiais não aceitaram a proposta, mesmo com a redução de 30 para 15 dias para a apresentacão de uma proposta de reajuste salarial. Numa assembléia geral marcada por palavras de ordem, se misturavam policiais da ativa, inativos e seus familiares, policiais civis e delegados e agentes penitenciários.
 

O coronel Francisco de Assis Silva, presidente do Clube dos Oficiais da PM, disse que a greve só foi deflagrada por causa da intransigência do Governo, lembrando que o ele informou que só poderia conceder o reajuste em setembro e a categoria aceitou; propôs a formação de uma comissão e os policiais aceitaram e depois voltou atrás, o que levou os policiais a decidirem pela greve.
 

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Antônio Erivaldo, revelou que eles vão paralisar a partir da sexta-feira, porque vão comunicar a decisão ao Tribunal de Justiça e Ministério Público, e também porque o comando de greve vai definir os plantões e as delegacias que vão funcionar para atender os casos mais graves, conforme determina a lei de greve.
 

Depois da Assembléia, os policiais fizeram uma caminhada pelo centro da cidade, passaram pela lagoa, cidade baixa, pararam por alguns minutos em frente ao Quartel do primeiro batalhão e terminaram na Praça João Pessoa, onde eles pretendem permanecer em vigília até o final do movimento.
 
 
De acordo com informações do comando da categoria, logo que a assembléia tomou a decisão pela greve, a notícia foi repassada para os Batalhões sediados no interior do estado, o que levou a protestos em Cajazeiras, Patos, Guarabira, Campina Grande e em outros municípios onde a polícia tem unidades em funcionamento. 
 
 
 
Jonas Batista
 
 
 
Fonte: Paraíba.com.br

BRASIL

O mapa da violência no País


O quadro da violência no Brasil está mudando. Antes concentrada nas áreas mais pobres das regiões metropolitanas do Sudeste, agora está se expandindo para as regiões mais pobres - especialmente para o interior e para a periferia - das capitais do Nordeste. Esta é a região onde os índices mais cresceram - entre 1998 e 2008, os homicídios aumentaram 65%; os suicídios, 80%; e os acidentes de trânsito, 37%.


No caso específico da violência criminal, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro registraram queda acentuada do número de homicídios, entre 1998 e 2008, em alguns Estados nordestinos a situação se tornou crítica. No Maranhão, os assassinatos cresceram 297% e na Bahia, 237,5%. Em Alagoas, que em 2008 ocupava o 1.º lugar no ranking de homicídios, os novos bairros da região metropolitana de Maceió ganharam o nome de Iraque e Vietnã, sendo tratados pelas autoridades locais como verdadeiros campos de batalha. Para a Organização Mundial da Saúde, taxas superiores a 10 homicídios por 100 mil habitantes configuram "violência epidêmica". Em Alagoas, o índice foi de 60,3 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2008.


Esta é a síntese do Mapa da Violência de 2011, um amplo levantamento que é realizado anualmente nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros pelo Instituto Sangari, com apoio do Ministério da Justiça. Em sua 12.ª edição, o trabalho foi elaborado com base nos dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde.

Segundo o coordenador do trabalho, Julio Jacobo Waiselfisz, a tendência de desconcentração da violência decorre de dois fatores: a multiplicação dos polos de crescimento econômico, por um lado, e as deficiências estruturais do poder público, por outro. "Os polos emergem com força e peso econômico, mas quase não têm a presença do Estado em serviços de segurança pública, que continuam praticamente à míngua. Em determinado momento, capitais e áreas metropolitanas começam a receber investimentos para melhoria do aparato de repressão e mais eficiência policial. Mas as áreas do interior, antes consideradas calmas, ficam desprotegidas", diz ele.


Além da desconcentração da violência, o estudo mostra uma tendência de crescimento dos índices de homicídio entre a população jovem. Segundo o IBGE, em 2008 o Brasil tinha um contingente de 34,6 milhões de habitantes com idade entre 5 e 24 anos - o equivalente a 18,3% de toda a população brasileira. Entre 1988 e 2008, quase 40% das mortes de pessoas dessa faixa etária foram causadas por assassinatos. Nas demais faixas etárias, os assassinatos representaram somente 1,8% do total de óbitos.


A expansão da chamada "vitimização juvenil" decorre de várias causas. No interior do Nordeste, por exemplo, vaqueiros e agricultores trocaram o cavalo pela moto - o que, conjugado com o abuso de álcool, resultou numa significativa elevação do número de mortos em acidentes de trânsito. No caso dos homicídios, as vítimas são, em grande maioria, negras. No Estado da Paraíba, por exemplo, o número de negros assassinados foi 12 vezes maior, proporcionalmente, que o de vítimas brancas, entre 2002 e 2008.


Segundo o Mapa da Violência de 2011, o número de jovens brancos que foram vítimas de homicídio caiu 30% nesse período. Já entre os jovens negros houve um aumento de 13%, no mesmo período. Isso decorre, basicamente, da má distribuição de renda, das diferenças de escolaridade e das desigualdades de oportunidades entre brancos e negros. Por serem mais afetados pela pobreza, pelo analfabetismo e pela falta de opções profissionais, muitos jovens negros se envolvem com o tráfico e passam a roubar para comprar crack - e isso os leva a se envolverem nas guerras entre quadrilhas e a se tornar alvos de justiceiros, milícias e esquadrões de extermínio.


Exibindo as históricas disparidades sociais e regionais do País, o Mapa da Violência de 2011 não traz maiores novidades. Não obstante, é um instrumento importante para a formulação de políticas que combinem programas sociais, melhoria de serviços públicos para os setores carentes e estratégias mais eficientes de combate à criminalidade.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Esta mapa é a prova do descaso dos governantes para com a segurança pública. Os três Poderes de Estado, confiando numa política policialesca utópica que sustenta os regimes totalitários, vêm negligenciando suas funções precípuas e deveres pertinentes à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.


Os Poderes de Estado, preocupados apenas em manter privilégios, farras e salários extravagantes, não atentam para a insegurança jurídica e judiciária vigente no país que vêm enfraquecendo, desmotivando e desacreditando os instrumentos de coação, justiça e cidadania na contenção da violência e criminalidade. Os efeitos desta cegueira estão nos indicadores, nas mazelas do judiciário, na falência do sistema prisional, nas leis benevolentes, nos processos morosos e na impunidade que bandidos, corruptos e oportunistas se valem para continuar cometendo crimes e roubando o erário.
 
 
 
Fonte: Blog da Insegurança

Onde estão os corpos

Os horrores do pátio


 
O soldado Akram Ali, 25 anos, e o professor de escola Issam El Bassiuni, 43, não se conheciam. Ontem, no escuro, com a ajuda de duas marretas, lanternas e a luz de telefones celulares, os dois homens escavavam alucinadamente uma parede numa espécie de bunker subterrâneo semidestruído no quartel-general do Exército de Benghazi — segunda maior cidade da Líbia, hoje sob o comando dos rebeldes.


Interromperam a escavação de noite, prometendo voltar hoje com uma britadeira.


— Estou 100% certo de que tem corpos escondidos aqui. Eu conheço este presidente (o ditador Muamar Kadafi) — dizia Issam, com o rosto preto de poeira, os pés encharcados numa poça d’água, quase espumando de raiva.


Uma semana depois da tomada da cidade pelos rebeldes, os líbios de Benghazi estão descobrindo o terror do regime de Kadafi: os buracos da morte, onde, segundo testemunhos, pessoas eram jogadas ainda vivas ou depois de executadas.


Akram, um soldado desertor que pertencia a um outro regimento, conta que ajudou a tirar 20 pessoas vivas de dentro de um destes buracos, logo depois da conquista do quartel-general. Haviam escutado gemidos através de um tubo de ventilação.


— Foram torturados e colocados no buraco, coberto de areia. Passaram dez dias sem água ou luz. Estavam colados uns nos outros, praticamente de pé, no meio de mortos — contou, dizendo que não conhecia nenhuma das pessoas.


A reportagem do GLOBO entrou em dois destes buracos com a ajuda de líbios que, chocados, hoje fazem uma peregrinação ao local, pedindo morte a Kadafi.


(...) Sustentados por estacas de madeira, com paredes cimentadas com tijolos, vários destes buracos foram descobertos nos últimos dias, todos no pátio do enorme quartel-general do Exército — principal local da batalha de Benghazi, que teria feito cerca de mil mortos.


— Também descobrimos nos buracos corpos de 105 soldados executados — revelou o soldado Akram.


Segundo os relatos, as pessoas eram jogadas ali e, depois, os buracos eram camuflados com areia, de forma que quem andasse no pátio não tivesse ideia de que passava exatamente sobre os condenados à morte.


Num dos buracos havia um pequeno tubo para respirar, o que sugere que a pena era a morte lenta. A estrutura, com cimento e estacas, também indica a existência de um método de terror premeditado.


Deborah Berlinck, O Globo


Fonte: Blog do Noblat

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Greve branca no Batalhão Rotam

Minas Gerais



" As 03 Companhias estão fazendo greve branca. Saem para a rua, respondem o rádio mas não empenham, Não prendem ninguém, não incurcionam, não verificam denúncias 181. Estão todos aglomerados próximos a área central de BH. Braços cruzados mesmo!!!


Repassem  pra quem vocês puderem por favor e vamos ver se ganhamos a adesão de outros militares... Se boa parte da PM segurar o pé, a sociedade e os governantes vão sentir diferença... aí sim poderemos e ganharemos muitas das coisas que pleiteamos, inclusive o respeito da sociedade, dos políticos e da imprensa que condenaram e executaram o Cabo Fábio, pressionando-o não dando o direito de defesa, se são culpados cabe a justiça decidir.


" O Secretário de Estado de Defesa Social, Deputado Lafayette Andrade, ao fazer um julgamento público dos 4 Policiais Militares da Rotam, tachando-os de “bandidos fardados”, viola o princípio constitucional da presunção da inocência, do devido processo legal e da ampla defesa e do contraditório.


Ao Secretário de estado, Gestores máximos do sistema de Defesa Social em Minas Gerais, não convêm uma afirmação desta natureza, que atinge a todos os policiais, com consequência direta na produtividade, pois sinaliza aos mesmos que estão jogados à própria sorte. Afinal, no dia a dia do policial, há sempre o risco de um confronto, que pode resultar em ferimentos de ambos os lados. E se a posição do Secretário for a de sempre condenar publicamente primeiro, para depois apurar, não haverá motivação pessoal para o enfretamento que a criminalidade violenta exige do policial.


Este discurso, só atende aos interesses dos criminosos violentos, em especial aos traficantes de drogas e armas, assaltantes, que quase sua totalidade de ações estão armados e dispostos a toda sorte de risco, para conseguir seu intento. Assim ficará fácil o domínio de território por parte de traficantes, cuja lógica de atuação consiste em demarcar e dominar territórios, aterrorizando a população" .(ASPRA)


Me parece que terça a PM vai marchar em direção a ALMG.
Vamos ver no q vai dar!!!"


Fonte: Blog  do Cabo Nivando

sábado, 26 de fevereiro de 2011

“OPERAÇÃO (DES)MANDAMENTOS”

Artigo



Nos últimos dias a Polícia Militar vem sofrendo ataques que podem ser classificados como inconseqüentes, desarrazoados e desproporcionais. ‘Vindos de todas as partes e indo pra lugar algum’.  

Desde o desencadeamento da “Operação Sexto Mandamento” o que temos presenciado é o vilipêndio da sesquicentenária Milícia Anhanguera. Atordoados, presenciamos a superexposição de uma Instituição que é, sem desmerecer o trabalho realizado por nenhuma outra, a mais próxima, a mais presente e a que primeiro responde aos anseios da sociedade.

Nesse momento difícil de nossa história institucional, é importante externar o quanto dói na alma do policial militar tomar conhecimento de possíveis desvios de conduta de seus pares. Ninguém fora dos limites da caserna pode imaginar a angustia vivida por aqueles que juraram proteger a sociedade “mesmo com o risco da própria vida” ao verem o nome da Corporação envolvido em escândalos, quaisquer que sejam.

Nosso corporativismos, ao contrário do que muitos imaginam, se limita ao desejo de ver reconhecido o esforço diário da Instituição e de seus componentes em bem servir a sociedade.

Os ensinamentos castrenses sempre reforçaram a importância da defesa dos valores éticos, morais, cívicos e jurídicos na construção de uma sociedade mais justa, humana, solidária e igualitária. Honra e dignidade são pilares de nossa Corporação, mais importantes que a própria hierarquia e disciplina. Não concordamos com excessos, repudiamos desvios. Não temos ódio nem desejo de morte por ‘bandidos’, mas temos ‘fome e sede de justiça’. E temos coragem, muita coragem para enfrentar qualquer perigo na busca pela defesa social. E é esse destemor o que verdadeiramente nos diferencia.  ‘Não somos melhores nem piores, apenas diferentes’.

Nossa condição de militares nos impõe obrigações que, em geral, a sociedade desconhece e que, por conveniência, alguns aproveitadores fazem questão de obscurecer. Em contrapartida, essa condição singular nos oferece prerrogativas que, se não compensam plenamente, ao menos diminuem o desequilíbrio abissal da sobrecarga de atribuições.  Em todos os momentos, diante de todas as dificuldades, com ou sem condições ideais de trabalho, em toda e qualquer crise, nos ‘dias de festa ou dor’, a Polícia Militar é a primeira a se apresentar e a última a deixar o “campo de batalha”.

Por certo nenhum servidor ou órgão público pode se deixar levar pela emoção, devendo sempre se posicionar e comportar de forma racional e comedida. Todavia, o acatamento silencioso das arbitrariedades assistidas não pode mais ser suportado. É preciso romper os grilhões da passividade e exigir respeito aos direitos individuais e prerrogativas funcionais que foram desprezados com requintes de crueldade, englobando desde os exageros cinematográficos às prisões questionáveis em sua necessidade e forma de execução, encobertas por um manto de falsa legalidade.

Segundo a argumentação dos próprios responsáveis pela “Operação Sexto Mandamento”, as investigações se iniciaram há mais de dois anos. Considerando verdadeira essa informação, era de se esperar a coleta de provas incontestes ou, no mínimo, robustas o suficiente para esclarecer o número de vítimas, o envolvimento e a forma de participação de cada um dos acusados. Aguardaram-se dois anos para desencadear uma “mega-operação”, então, queremos crer que existe fundamento para o exagero presenciado.

Assim, sem esclarecer de forma convincente os crimes apurados, as provas colhidas, os fatos novos trazidos pelos anos de investigação, nada mais resta àqueles que têm bom senso senão duvidar dos interesses que motivaram esse ‘circo de horrores’, onde os policiais militares acusados figuram como ‘palhaços’, que tiveram seus direitos e prerrogativas ignorados, sem que nenhum órgão de defesa dos direitos humanos se manifestasse em seu favor. Muito pelo contrário, o que vimos foram endossos e aplausos daqueles que deveriam se indignar contra o não cumprimento das leis, dos direitos e garantias individuais.

Infelizmente, sem conhecer maiores detalhes dessa que parece mais uma farsa circense, a defesa dos interesses dos acusados e a consecução da justiça real fica inviabilizada. Restando apenas registrar nossa indignação e insistir que é um despautério, uma temeridade, creditar uma série de crimes desconexos na conta de um possível grupo de extermínio organizado composto por policiais militares. Pior, ainda, é deixar transparecer que a Corporação coaduna com esse tipo de ação criminosa, sendo condescendente no tratamento dos acusados.

Independentemente de ser culpado ou não, nosso ordenamento jurídico concede a todo acusado de prática delituosa o benefício da presunção de inocência, cabendo ao Estado a proteção e garantia do gozo desse direito. Ignorando as prescrições legais, a “Operação” atropelou esse princípio sem apresentar, até o presente momento, qualquer fato novo que justificasse tamanha brutalidade, se esquivando dessa obrigação legal com a vaga argumentação de ‘segredo de justiça’. Entretanto, esse pretenso ‘segredo de justiça’ está servindo somente para validar, perante a opinião pública, a imensa arbitrariedade cometida contra os acusados.

Sem se desvelar o ‘segredo’, o que presenciamos foi a exploração sensacionalista do justificável clamor por justiça dos familiares de vítimas de crimes que causaram grande revolta e comoção social. Por mais triste e impensável que pareça, a dor desses familiares, que merece toda atenção e respeito por parte da sociedade e do Poder Público, está sendo usada como combustível para a fogueira de vaidades que parece ser o verdadeiro pano de fundo de todos esses desmandos.

Cedo ou tarde, sem a apresentação de provas e argumentos convincentes, as prisões ilegais serão revogadas. Para a opinião pública ficará a impressão de que mais uma vez “tudo acabou em pizza”, que o nosso sistema legal é realmente ineficiente e falido. Os responsáveis pela “Operação” nada têm a perder, pois sairão dessa farsa consagrados como paladinos da justiça,  como defensores dos fracos e oprimidos, como bastiões da ‘luta do bem contra o mal’ que tentaram vencer mas sucumbiram perante as brechas de um sistema de persecução penal que favorece criminosos.

Em meio a meias verdades quem perde é a sociedade, é a Polícia Militar e as famílias das vítimas que ficarão novamente frustradas sem a esperada elucidação dos casos e a devida responsabilização dos autores. É o sistema de justiça brasileiro, que contará com novas vítimas. Vítimas que para o resto de suas vidas dias terão conviver com os efeitos da falta de observação aos “Mandamentos da Lei de Deus”.

Anésio Barbosa da Cruz Júnior - Tenente Coronel QOPM

Resolução obriga MP a detalhar gastos na internet

Medida, aprovada por unanimidade, prevê publicação de dados como custos de viagens, diárias e contratações no Portal da Transparência



O Ministério Público da União e o dos Estados terão de se enquadrar em novas regras e expor no Portal da Transparência dados sobre gastos com viagens e diárias, licitações e contratações e, entre outros, o nome dos ocupantes de cargos efetivos e comissionados.


A exigência consta da resolução aprovada por unanimidade na sessão da quarta-feira, 24, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que entra em vigor daqui a seis meses.


Autor da proposta, o conselheiro Bruno Dantas afirma que o órgão encarregado de fiscalizar os excessos da administração pública não pode ter "reservas" quanto à sua gestão administrativa e execução orçamentária.


"O Ministério Público tem necessariamente de nivelar por cima e tornar transparente a sua gestão", alega. Ele acredita que a exposição de dados vai inibir abusos seguidamente constatados pelo conselho.



Rosa Costa,  O Estado de S. Paulo


Fonte: Blog do Noblat

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Altos orçamentos e baixa eficiência dos serviços de inteligência

US$ 80 bilhões. US$ 3,24 bilhões. R$ 350 milhões.



As 3 cifras acima são, respectivamente, os orçamentos dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, da Inglaterra e do Brasil. Se juntar o que o resto do mundo gasta, o total aumenta consideravelmente. Mesmo com todo esse dinheiro, analistas, relatórios, papers e, sem dúvida nenhuma, infindáveis reuniões, nenhum serviço de inteligência conseguiu prever o evento mais significativo no mundo nos últimos anos (talvez na última década? Mais alguns meses e o 11 de Setembro sairia do corte): as revoluções em sequência no Norte da África e Oriente Médio. Para se ter uma ideia de quão perdidos eles estão, basta saber que, de acordo com análises destes mesmos serviços, até a Al Qaeda foi pega no contrapé com esses movimentos.


Dois ditadores já se foram (Tunísia e Egito), algumas famílias reais e ditadores estão na corda bamba (Iêmen e Bahrein), um ditador está partindo para a guerra civil (o velho coronel Kadafi), outros estão correndo para tentar segurar o povo antes dos movimentos tomarem corpo (Jordânia, Irã, China, Arábia Saudita, entre outros) e, por fim, um punhado deve estar rezando toda noite para que as notícias do além-mar não cheguem por aqui, ou desçam a África - os irmãos Castro e seu parceiro Hugo Chávez, assim como os ditadores da Guiné Equatorial e Zimbábue.


Os governos do mundo ocidental foram pegos de surpresa e isso é, ao mesmo tempo, bom e ruim. Ruim porque mostra que com tudo que se gasta com inteligência, às vezes o que está sendo sentido por todo um povo é ignorado ou não compreendido e isso mostra a grande limitação desses dinossauros burocráticos ao redor do mundo. Também é ruim porque, mesmo com todos os defeitos, grande parte dos países do mundo ocidental representam valores importantes como a democracia e o respeito às leis (pelo menos na teoria) e são exemplos a serem seguidos pelos países agora em estado de revolução.


Por outro lado, a ignorância dos governos ocidentais também ajudou evitando que eles pudessem se envolver e, como acontece na maioria absoluta dos casos, complicar as coisas ao invés de ajudar. E é importante lembrar que muitos desses ditadores estão ou estavam no poder até hoje por conta da ajuda, explícita ou não, das maiores economias do mundo. E antes que os brasileiros apontem o dedo para os americanos ou franceses, lembrem-se que nosso governo apoia o Irã, a Venezuela, Cuba e a Guiné Equatorial, só para ficar em quatro exemplos do passado recente.


Apesar da luta pela liberdade, é improvável que em todos esses países surjam democracias como as que conhecemos. Há o perigo de novos ditadores ou autocratas surgirem ou que eleições tragam ao poder, grupos ou pessoas que o ocidente não gosta, como no caso do Hamas, na Palestina. Teremos que esperar e acompanhar os acontecimentos, pois como o passado recente mostrou, nenhum comentarista, analista, escritor ou político pode dizer o que acontecerá daqui para frente.


A verdade é que os últimos anos de prosperidade mundial não chegaram à população desses países. A prosperidade tem, ao contrário, o mau costume de parar nos políticos e na classe dominante de todos os países citados acima. Para a infelicidade da população deste países, eles foram abençoados (ou amaldiçoados?) com recursos naturais que o resto do mundo deseja. Graças a nossos hábitos de consumo, as empresas exploradoras de todos esses recursos não costumam se preocupar com detalhes como quem fica com o dinheiro pago aos países onde operam. Só que não foi só a riqueza dos ditadores e do mundo que aumentou muito nas últimas três décadas. E aí que nasceu, literalmente, o problema que hoje está batendo (ou derrubando?) às portas dos palácios de governo de tantos países.


No Egito, Jordânia, Marrocos, Oman, Arábia Saudita e Yêmen, mais de 50% da população tem menos de 25 anos. No Yêmen esse número chega ao 75% e a taxa de cidadãos abaixo da linha da probreza é de 45%. Já no Egito, 66% da população tem menos de 30, enquanto 50% dos 80 milhoes de Egípcios sobrevivem com menos de 2 dólares por dia. Na Arábia Saudita, 25% dos jovens entre 15 e 24 anos não têm emprego. No Bahrein, Kuwait, Líbano, Tunísia e Emirados Árabes Unidos, entre 35 a 47 da população tem menos de 25 anos. Com a internet e a globalização, ficou impossível esconder dos próprios cidadãos o quão atrasado eles são em relação ao resto do mundo. As populações nestes países cansaram, aparentemente, de esperar mudanças e de aceitar o discurso oficial.


Vamos ver onde isso vai dar. E que as ondas democráticas atravessem o mar!


PS: sobre os 350 milhões do orçamento da ABIN (de 2009) é importante salientar que, como não poderia deixar de ser, 310 milhões são referentes a pagamento de pessoal, incluindo aí mais de 10 milhões em gastos nos cartões de crédito corporativos que, obviamente, são secretos. Uma questão de segurança nacional, sem dúvida.



Frederico Junqueira


Fonte: O Globo

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Entorno do Distrito Federal

Diagnóstico da criminalidade nos 19 Municípios do Entorno DF
  •  13,50% das ocorrências atendidas pela Polícia Militar no Estado de Goiás em 2010 foram registradas no Entorno do DF;

  • 28% dos crimes de vulto atendidos pela Polícia Civil no Estado de Goiás em 2010 foram registrados no Entorno do DF;

  • Luziânia, Valparaíso, Novo Gama e Cidade Ocidental representaram 85% dos atendimentos da PM no entorno em 2010;

  • Agressão, Roubo a Transeunte, Furto em Residência, Ameaça e Vias de Fato são os crimes mais registrados pela PM nessa região;

  • 17% da população do Estado está concentrada em 8% dos Municípios Goianos, todos no Entorno do DF;

  • Dos 15 Municípios do Estado de Goiás onde mais ocorrem Estupros, 08 estão localizados no Entorno do DF. Somente em Águas Lindas 15 pessoas foram abusadas em 2010;

  • Dos 20 Municípios do Estado de Goiás onde mais ocorrem Homicídios Dolosos, 11 estão localizados no Entorno do DF. Somente em Luziânia 124 pessoas foram assassinadas em 2010;

  • Dos 06 Municípios do Estado de Goiás onde mais ocorrem Latrocínios, 05 estão localizados no Entorno do DF. Somente em Águas Lindas 06 pessoas perderama vida por causa de um objeto roubado em 2010;

  • Dos 17 Municípios do Estado de Goiás onde mais ocorrem Roubo a Estabelecimento Comercial, 09 estão localizados no Entorno do DF. Somente em Águas Lindas 91 empresas foram assaltadas em 2010;

  • Dos 15 Municípios do Estado de Goiás onde mais ocorrem Roubo a Transeunte, 09 estão localizados no Entorno do DF. Somente em Luziânia 740 pessoas foram assaltadas em 2010;

  • Dos 13 Municípios do Estado de Goiás onde mais ocorrem Roubo em Residência, 08 estão localizados no Entorno do DF. Somente em Luziânia 70 residências foram assaltadas em 2010;

  • Das 10 cidades do Estado de Goiás onde mais ocorrem Tentativas de Homicídio, 06 estão localizadas no Entorno do DF. Somente em Luziânia 72 pessoas tiveram risco de morte em 2010;

  • Águas Lindas é o Município onde mais ocorrem Latrocínios, em Estupros e em Roubo a Estabelecimentos Comerciais no Estado de Goiás;

  • Luziânia é o Município onde mais ocorrem Roubos em Residência, o em Homicídios Dolosos, em Roubo a Transeuntes e em Tentativa de Homicídios no Estado de Goiás;

  • Homicídios em 2010 (para cada grupo de 100.000 pessoas):

LOCAL
TAXAS
Inglaterra
0,10
Chile
5,40
Argentina
7,30
Média Mundial (incluindo todas as guerras)
10,00
São Paulo
10,47
Goiânia
20,59
Goiás
24,08
Brasil
25,20
Rio de Janeiro
30,00
Cristalina
30,06
Planaltina
33,08
Formosa
33,97
Cidade Ocidental
41,16
Padre Bernardo
43,34
Santo Antônio do Descoberto
50,66
Novo Gama
54,73
Águas Lindas
55,17
El Salvador (País mais violento do Planeta)
71,00
Luziânia
71,04
Alagoas (Estado mais violento do Brasil)
71,30
Valparaíso
75,97

Fonte: Gabinete de Gestão da Segurança do Entorno do DF


Tenente Coronel Giovanni Valente Bonfim Jr

Outras manchetes

Segurança nos Aeroportos



O que aconteceria se um avião das Forças Armadas da Argentina tentasse entrar nos Estados Unidos com elementos sem declarar como armas, drogas, medicamentos vencidos e equipamentos sofisticados de interceptação de comunicações? Logicamente seria barrado.


Foi exatamente isso o que aconteceu em Buenos Aires no último dia 10 de fevereiro. Um avião das Forças Armadas dos Estados Unidos foi revistado ao pousar em Ezeiza e teve parte de seu carregamento apreendido.


Segundo o governo argentino, a aeronave levava membros do Departamento de Defesa americano que dariam um curso de formação para situações de crise à Polícia Federal, mas o material que tinham a bordo não era exatamente o que havia sido acordado entre os dois países.


O chanceler Héctor Timerman afirma que o equivalente a 1/3 da carga - ou 28 metros cúbicos de material - não estavam na lista declarada, como metralhadoras e equipamentos de escuta.




E acrescenta que os militares traziam ainda uma mala verde, que durante seis horas os americanos se negaram a abrir. Após muita negociação, concordaram em mostrar seu conteúdo. No interior, aparatos com códigos secretos e drogas como morfina, ketamina (alucinógeno) e nalbuphina (opiácido altamente aditivo).


A ação do governo argentino, que pediu uma "explicação satisfatória" sobre a presença de material "não declarado", gerou atrito com a diplomacia norte-americana que, por sua vez, reconheceu que houve “discrepâncias” entre a carga declarada e a oficial.


As autoridades representantes do governo daquele país se dizem “perplexos” com a repercussão do caso.


Timerman informou que é a segunda vez que militares norte-americanos tentam entrar na Argentina com material não declarado. A primeira foi em agosto de 2010 e o carregamento incluía fuzis, pistolas, lança-granadas.


Fonte:  blog Aquí me quedo

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Espartano ou Ateniense

A escolha é da sociedade



A sociedade goiana deve escolher qual o modelo de Polícia Ostensiva que quer ter em suas ruas.

Uma Polícia democrática, gentil e ateniense e/ou uma Polícia ditadora, bruta e espartana.

Os dois modelos não se dão bem, mas são necessários (ambos) em todas as civilizações.

É de Atenas que herdamos a Democracia, foi de Esparta que veio o Militarismo.

Os atenienses são frouxos, os espartanos são valentes.

Na hora "H", quando dois milhões seiscentos e quarenta e um mil persas invadiam a Grécia, somente os espartanos foram capazes de segurar esta força, diga-se de passagem, com apenas 300 heróis.

A pergunta que faço é:

"No momento da invasão de apenas 100 marginais ao Estado de Goiás (oriundos das favelas cariocas), quando a pobre dona Maria não mais sair de casa para trabalhar por medo, quando seu Pedro não mais abrir seu mercadinho por medo, quando as autoridades não mais saírem dos seus condominios fechados por medo, quando os covardes policiais atenienses não mais patrulharem as ruas por medo, quem vai socorrer este povo?"

Os espartanos já foram sacrificados há muito tempo, lá na Batalha das Termópilas.

Pensem a respeito.


Tenente Coronel Giovanni Valente Bonfim Júnior

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Policiais Militares Presos pela PF


Convite do Deputado Estadual Maj. Araujo

O Deputado Major Araújo convida a todos os militares para comparecerem a uma reunião na Assembléia Legislativa dia 21/02/2011, Segunda-feira, 09h00, para tratarmos dos assuntos relativos aos últimos acontecimentos envolvendo os 19 (dezenove) militares transferidos para o Presídio de Segurança Máxima de Mato Grosso do Sul.


Fonte: Blog do Maj Araújo


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Polícia Federal

Teatro é casa de artista



A PM Goiana não merece o tratamento a ela destinado pela PF na Operação 6º Mandamento.

Não estamos apoiando assassinos de inocentes, estamos defendendo todos os policiais que em algum momento da carreira foi ou será acusado de um crime e deverá responder pelo mesmo junto a Justiça.

Ninguém é culpado até que se prove o contrário, principio constitucional muito respeitado no Brasil para os acusados por crimes eleitorais, corrupção e membros da elite social.

Se existem provas cabais que a PF apresente, as famílias dos policiais e dos desaparecidos agradecem.

Se existem suspeições que se investigue melhor, antes um criminoso solto que um inocente preso, outro princípio constitucional.

A PM goiana é oriunda dos antigos e bravos brasileiros que embrenharam mata adentro e desbravaram este rincão escondido do Brasil.

Somos herdeiros dos fortes bandeirantes, dos bravos índios goyazes, dos temidos índios caiapós e dos corajosos negros fujões do litoral.

Aqui não tem medroso, nossa raça é valente.

Não somos policiais de gabinete que só pegam no fuzil para prender engravatados, que só sobem morro carioca acompanhados do BOPE e que, para prender um Maluf da vida, utilizam 100 Policiais.

Trabalhamos em viaturas pequenas, usamos armas de pouco calibre, somos acompanhados apenas de mais um PM, mas somos policiais de dar inveja Brasil afora.

Respeitem esta Polícia, não nos use para propaganda da sua polícia, não nos misture a criminosos.

Se nossos policiais são culpados devem responder pelos crimes cometidos na justiça, não na imprensa, não nos programas sensacionalistas.

Saibam vocês que existem direitos e prerrogativas dos militares neste País, dentre eles o direito de responder por crimes em Unidades Militares, não em presídios federais ou estaduais.

Segundo nossa Carta Magna os Policiais Militares Estaduais são Militares tanto quanto os membros das Forças Armadas.

Respeitem nossos direitos e prerrogativas!


Ten Cel QOPM Giovanni Valente Bonfim Jr

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Novo Subcomandante da PMGO

Definido o nome



O coronel Welinton Rodrigues será o novo Subcomandante da Polícia Militar. O anúncio foi feito esta manhã pelo secretário de Segurança Pública, João Furtado. Rodrigues atuava como comandante de apoio logístico da PM e substitui o coronel Carlos Cezar Macário, afastado ontem. A nomeação deve ser publicada no Diário Oficial de amanhã.



Fonte: Jornal Diário da Manhã

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Operação 6º Mandamento

Relação de presos



Os 13 oficiais detidos em Goiânia foram levados no início da manhã de ontem para a sede da PF.


Foram presos o coronel Carlos Cézar Macário, exonerado ontem cedo do cargo de subcomandante da PM e chefe do estado-maior da PM goiana; o tenente-coronel Ricardo Rocha Batista, os majores Alessandri Rocha Almeida e André Ribeiro Nunes; o capitão Durvalino Câmara Santos Júnior e os tenentes Vitor Jorge Fernandes e Ederson Trindade.


Também estão presos os subtenentes Fritz Agapito Figueiredo e Hamilton Costa Neves, o sargento Geson Marques Ferreira e os cabos Cláudio Henrique Camargos, Alex Sandro Souza Santos e Ricardo Machado.


Além da prática de crimes de homicídio qualificado em atividades típicas de grupo de extermínio, os integrantes serão indiciados pela prática de formação de quadrilha, tortura qualificada, tráfico de influência, falso testemunho, prevaricação, fraude processual, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo de calibre restrito e ameaça a autoridades públicas, jornalistas e testemunhas.



Fonte: Jornal O Popular

Sub-comandante da Polícia Militar de Goiás é exonerado

(Atualizada às 16h36)



O Secretário de Segurança Pública exonerou o Subcomandante Geral da Polícia Militar, coronel Carlos Cézar Macário, na manhã desta terça-feira (15). Ele é suspeito de envolvimento com grupos de extermínios no Estado, investigados pela operação Sexto Mandamento, da Polícia Federal. O novo subcomandante será nomeado na manhã desta quarta-feira (16).

A PF cumpriu hoje 19 mandados de prisão na Operação Sexto Mandamento, cujo objetivo é desarticular um grupo criminoso formado por policiais militares. A ação ocorreu em Goiânia, Formosa, Rio Verde, Acreúna e Alvorada do Norte.
A PF investiga ainda os ex-secretários Jorcelino Braga e Ernesto Roller (Fazenda e Segurança Pública), suspeitos de tráfico de influência que resultaram nas promoções de patentes de integrantes da organização criminosa. Contra os dois, não foram expedidos mandados judiciais.


Braga compareceu à sede da Polícia Federal na manhã de hoje e falou rapidamente com os jornalistas. "Fui intimado e estou aqui para prestar os  esclarecimentos. Como sempre fiz, em toda minha vida", disse. Sobre a prática de tráfico de influência, Braga afirmou que como secretário da Fazenda ouvia demandas e que isso era natural. "Recebia pessoas em meu gabinete todos os dias e ouvia pedidos. Vou esclarecer o que me for perguntado", declarou.

Ernesto Roller também depôs hoje na PF. Ele disse estar tranquilo e que recebeu a intimação com surpresa. "É natural como ex-secretário prestar esclarecimentos", afirmou. Sobre a acusação, Roller falou que na Polícia Militar há um rito. "As indicações à promoções são feitas pela corporação". Já sobre a promoção do tenente Ricardo Rocha, um dos acusados de integrar a organização criminosa, disse que a mesma ocorreu depois que havia de deixado a Secretaria de Segurança Pública.


Entre os detidos estão um coronel, o tenente-coronel, um major, dois capitães, um tenente, dois subtenentes, um sargento e quatro cabos. Apenas as iniciais dos policiais foram divulgadas em nota à imprensa.


Foram cumpridos treze mandados de prisão na capital e seis no interior. Eles serão indiciados por homicídio qualificado em atividades de grupo de extermínio, formação de quadrilha, tortura qualificada, tráfico de influência, falso testemunho, prevaricação, fraude processual, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo de calibre restrito e ameaça a autoridades públicas, jornalistas e testemunhas.


Investigação


Segundo a PF, as investigações evidenciaram que esta organização tinha como principal atividade a prática de homicídios com a simulação de que os crimes teriam sido praticados em confronto com as vítimas. Nos últimos dez anos, os PMs fortaleceram esse tipo de atuação nos municípios onde ocorreram as prisões. A PF disse ainda que o suposto número de vítimas mortas em confrontos aumentava consideravelmente onde se instalavam os policiais investigados.


Dentre as vítimas, existem casos de execuções de crianças e mulheres sem ligação alguma com práticas criminosas. A investigação também demonstrou que os PMs praticaram homicídios durante o horário de serviço e usando viaturas da corporação de maneira clandestina.


Participaram da operação 18 equipes com 131 agentes da PF e 12 oficiais da PM goiana. As investigações duraram aproximadamente um ano.


Desaparecidos


A Secretaria de Segurança Pública de Goiás e a PF iniciarão a busca às pessoas desaparecidas após as abordagens policiais. A população poderá ajudar com informações por meio do endereço denuncia.srgo@dpf.gov.br. As identidades dos denunciantes serão mantidas sob sigilo.
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Fonte: Jornal Diário da Manhã