terça-feira, 30 de novembro de 2010

Polícia encontra bunker do tráfico no Complexo do Alemão

Guerra


 
RIO - Policiais da 9ª DP (Catete) encontraram, na tarde desta terça-feira, um bunker do tráfico com pelo menos 300 quilos maconha, dezenas de fuzis e metralhadoras .30 e .50, capazes de derrubar helicópteros. 


Segundo o titular da delegacia, Alan Luxardo, o material estava dentro de sacos plásticos em toneis de plástico, a dois metros de profundidade, no local conhecido como Fazendinha, no Complexo do Alemão. 


- Essa é uma prática usada pelas Farc, na Colômbia: esconder o material em buracos profundos. O material estava enterrado no chão de um barraco de madeira, em um dos lados mais altos do morro - explicou o delegado. 


Já na Vila Cruzeiro, soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope) pretendem explodir nesta quarta-feira, às 10h30m, uma casamata usada por traficantes que fica em uma localidade conhecida como Quatro Bicas. A construção, que há alguns anos serviu de comércio, foi tomada por bandidos que construíram na parede buracos semelhantes as seteiras empregadas nos castelos erguidos no passado para proteger as edificações das invasões. Nesse caso, os buracos eram revestidos de cano pvc por onde os bandidos poderiam atirar contra a polícia com relativa proteção. 


Nesse local, eles tinham uma visão privilegiada do principal acesso à Vila Cruzeiro. Mais cedo, os policiais do Bope destruíram parte da construção a marretadas. Mas como havia risco de desabamento caso algum veículo fosse empregado, eles optaram por explodí-lo. 



Fonte: O Globo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Operação Alemão

 

Estratégia

A estratégia para invasão das 13 favelas do Complexo do Alemão, um ano e meio antes do previsto, foi decidida em quatro horas de reunião no 22º BPM (Maré), na manhã e tarde de sábado. Para traçar o plano de ocupação, o coronel Álvaro Garcia, chefe operacional do Estado-Maior da Polícia Militar, convocou 16 comandantes de batalhões e três unidades especiais da PM, entre elas o Bope. Na ocasião, foi decidido que, a partir das 18h de sábado, a PM tomaria conta de 58 acessos aos complexos do Alemão e da Penha. Em cada ponto, uma viatura e dois PMs.

"Nessa reunião tratamos de topografia, comunicação, local para prisões, apreensões, socorro médico e toda a infraestrutura necessária", explicou Garcia. A ofensiva foi programada para 8h de ontem. Para isso, às 6h, o ponto de encontro foi o 41º BPM (Irajá). Para que não houvesse reação dos bandidos de cima de lajes, helicópteros faziam voos rasantes. Enquanto isso, equipes de policiais civis, militares e federais, além de fuzileiros navais, entravam nas vielas das favelas. Na retaguarda, ficaram ainda policiais militares e 800 homens do Exército.

"Fizemos um cerco amplo, depois um restrito, para empurramos os criminosos para um único local, sem alternativa de fuga", explicou o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes.

Outra preocupação foi a de que os bandidos tentassem retornar do Alemão para o Complexo da Penha. Para impedir, 40 PMs ficaram posicionados na localidade da Vacaria, que fica na divisa da Vila Cruzeiro e o alto da Fazendinha. Na Penha, havia 80 homens do Batalhão de Choque. Hoje, o cerco aos 58 acessos dos dois conjuntos de favelas será por 24 viaturas da Polícia Civil e 34 carros da PM. "O Alemão era nosso principal alvo porque era de lá que partiam as ordens para os ataques em todo o estado", explicou Garcia.

Resultados

Segundo o relações públicas da Polícia Militar, coronel Lima Castro, a quantidade de armas e drogas apreendidas foi a maior da história do Rio: pelo menos 48 toneladas de maconha, 300 quilos de cocaína e 107 armas, sendo 57 fuzil e 16 metralhadoras ponto 30. Vinte sete pessoas foram presas.

A Delegacia de Combate à Drogas (Dcod) encontrou nove metralhadoras ponto 30 embaladas em sacos plásticos, que seriam enterradas pelos traficantes. Mais de 50 coletes à prova de balas foram achados.

Numa casa, o Bope apreendeu 15 fuzis. O 6º BPM (Tijuca) encontrou cinco fuzis e duas submetralhadoras na Fazendinha. Mais de dez toneladas de maconha foram localizadas numa casa na Grota. Onze quilos da droga estavam enterrados no pátio de um colégio estadual na Nova Brasília. Com o apoio de cães farejadores, a Polícia Federal encontrou uma tonelada de maconha, 50 quilos de cocaína, oito fuzis, nove pistolas, 3 mil cápsulas e R$ 39 mil.

 

Fonte: Noticias Terra

domingo, 28 de novembro de 2010

Criminosos podem ter escapado pela rede de esgoto

Complexo do Alemão



A Polícia Militar (PM) trabalha com a hipótese de que parte dos traficantes cercados no Morro do Alemão, na zona norte do Rio, possa ter fugido utilizando a rede de esgotos da região. A possibilidade foi levantada pelo relações públicas da PM, coronel Lima Castro. Ele estima em até 600 o número de criminosos escondidos no morro.



"Toda informação que chega é checada e isso [a utilização da rede de esgotos] já foi passado para os policiais que se encontram operando no terreno", disse. Segundo o militar, apesar da possibilidade de alguns traficantes terem conseguido fugir nas últimas 48 horas, antes da operação nos acessos do Alemão, a expectativa é que a maioria ainda se encontre na comunidade.



"Nós fizemos um cerco, com o apoio das Forças Armadas, no sentido de impedir que isso [a fuga] acontecesse. Então, nós acreditamos que a maior parte deles esteja aí. Lógico que eles vão se utilizar de todos os subterfúgios para evadir, se passando por moradores da comunidade, ostentando bandeira e pedindo paz."



Lima Castro comentou a desestruturação dos traficantes a partir do fechamento do cerco policial. "Isso mostra que aquelas pessoas que os chefiavam não são tão chefes assim, porque são os primeiros a se entregar. Esses pobres coitados que estão aí são os soldados da guerra, que sustentam o lucro desse tipo de atividade e a mordomia dos chefões."



Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

500 Marginais dentro do Alemão

Traficantes estão encurralados, anuncia PM



O Coronel Lima Castro, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que o cerco formado por 1.500 homens do Exército, Marinha e das policiais Militar, Civil e Federal ao Complexo do Alemão foi finalizado e que os traficantes já estão encurralados. As forças de segurança estão de prontidão em 44 saídas do conjunto, mas o porta-voz disse que não há pressa para entrar nas favelas.



“Estamos no coração da facção”, afirmou Lima Castro, referindo-se ao Comando Vermelho. “O tempo é favorável a nós. Uma das táticas utilizadas quando se tem que tirar alguém de um território é a inquietação”, disse. A estimativa da polícia é que cerca de 500 traficantes estejam no conjunto.



Segundo Lima Castro, essa concentração de bandidos já era esperada e faz parte da estratégia de pacificação das favelas cariocas. O PM disse que o governo resolveu começar a ocupar comunidades menores para depois com mais inteligência e maior efetivo, entrar nas grandes. “Numa guerra urbana, o avanço é mais lento, temos que separar o joio do trigo. Já numa guerra convencional, a missão é tomar todo o território que há pela frente."



O cerco ao Complexo do Alemão foi motivado pela fuga de aproximadamente 200 criminosos da favela Vila Cruzeiro, na tarde de ontem. A polícia e as Forças Armadas pretendem impedir, inclusive, o acesso dos criminosos a mantimentos com o objetivo de sufocá-los. Em resposta à operação, os traficantes fizeram vários disparos em direção às forças de segurança.



Segundo Lima Castro, a operação de hoje não permite brecha para que os bandidos rompam o cerco formado. O PM disse que a operação é um sacrifício para os moradores e toda a cidade e não descarta que inocentes podem acabar sendo atingidos. “A operação ocorre visando não pôr inocentes em risco, o que não significa que algumas pessoas não sejam feridas”.



Fonte: Blog do Noblat

Qual é a diferença entre a PMDF e a PMRJ?

Pense a respeito


 Salário Soldado PMRJ - R$ 950,00





  Salário Soldado PMDF - R$ 4.129,00



Por que um policial da PMDF recebe tanto e outro da PMRJ recebe tão pouco???

Sabemos que o serviço é diferente, conforme as fotos demonstram.

Por que não a PEC 300????

Com a resposta nossos congressistas.

Após ataques (RJ), cerca de 3 mil PMs inativos já se ofereceram para voltar

Informação é de associação de ativos e inativos da polícia e bombeiros.
Intenção é colaborar com a Polícia Militar em serviços internos.
 
 
 
Cerca de três mil policiais que estão na inatividade já se ofereceram para voltar ao serviço em virtude dos ataques que atingem o Rio de Janeiro desde domingo (21), de acordo com a Associação dos Ativos e Inativos da Polícia e Bombeiros Militares (Assinap).
 
 
A Assinap informou nesta sexta-feira (26) que a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro já foi comunicada sobre a intenção dos policiais e bombeiros inativos que têm condições de trabalhar em serviços internos para colaborar com a Polícia Militar.
 
 
O presidente da Associação, Miguel Cordeiro, foi o primeiro a se apresentar ao quartel general da PM, na manhã de quinta-feira (25).No total, 15 mil pessoas estão inativas, mas, segundo a PM, a maioria é muito idosa e não tem mais condições de trabalhar.
 
 
Os inativos interessados em colaborar com a PM podem ligar para (21) 2719-2286 ou (21) 2717-3031.
 
 
De acordo com o coronel, desde domingo (21) foram registrados 96 veículos incendiados, 44 armas e 8 granadas apreendidas, além de grande quantidade de drogas e material inflamável. Além disso, a PM informou que até o momento foram 192 presos e 25 mortos em confrontos e três policiais feridos levemente.
 
 
 
Fonte: Blog do Cabo Júlio

Ataques no Rio, Colômbia, México e Iraque

O desafio de retomar áreas de grupos armados


RIO - Nos anos 80, a colombiana Medellín era uma das cidades mais perigosas do mundo. Em 2004, a Cidade de Sadr, em Bagdá, era associada a bombas e a uma milícia que impunha mortes a soldados americanos. Já para os mexicanos, Ciudad Juárez se tornou sinônimo do pesadelo que o tráfico de drogas levou ao país. Em comum, essas três cidades tinham - ou ainda têm - áreas onde a polícia não podia entrar, populações desassistidas e cenas muito parecidas com as que os cariocas viram ontem pela TV. 

Foram necessários 20 anos para Medellín se livrar da aura de medo que cercava seu nome. Maior produtora de cocaína do mundo e sede do império de Pablo Escobar, a cidade era dominada por traficantes e paramilitares. A situação começou a virar nos anos 90. Numa madrugada, a Polícia Nacional e o Exército entraram de surpresa e fizeram várias prisões. 

- Muitos tiveram que ser soltos porque não havia provas suficiente para julgá-los, o que mostrou a necessidade de medidas adicionais - explica de Bogotá, por telefone, Alfredo Rangel, diretor da Fundação Segurança e Democracia. 

As medidas incluíram o afastamento de policiais corruptos; a modernização do serviço de inteligência; e a construção de penitenciárias de segurança máxima, evitando que os presos continuassem no comando de dentro das celas. Elas foram acompanhadas pela reforma nas leis, com penas duras para o tráfico e a facilitação da extradição: 1.500 criminosos foram cumprir sentença nos Estados Unidos. 

- Vejo semelhanças com o Rio, com a pobreza crítica, que o narcotráfico aproveita para recrutar jovens, e uma polícia corrupta. Se o Rio aprender com nossa experiência pode economizar tempo e levar dez anos em vez de 20 - diz Rangel. 

A Colômbia teve ainda que retomar da guerrilha e dos paramilitares áreas que haviam sido cedidas para abrigar negociações de paz, e onde o Estado não entrava mais: 42 mil quilômetros quadrados. O amplo reforço na segurança e na inteligência - com apoio dos EUA - acabou por tirar a guerrilha das áreas urbanas e empurrá-la para a selva. O Peru viveu situação semelhante com o Sendero Luminoso, grupo terrorista responsável por sequestros e atentados a bomba. A guerra antiterror do governo Fujimori resultou na morte de 40 mil pessoas e em acusações de violações de direitos humanos contra o Estado e, mesmo enfraquecendo o grupo, não conseguiu destruí-lo por completo. 

Hoje, muitos falam numa "colombianização" do México. Rota de entrada da droga nos EUA, este ano já registrou 10 mil mortes violentas. Um dos estados mais afetados é Chihuahua, onde fica Ciudad Juárez, cenário de confrontos entre grupos criminosos. Desde 2008, o governo tem enviado soldados à cidade. No ano passado, 2 mil foram mandados, sendo retirados depois. Com a violência em alta, os militares voltam às ruas ainda este mês. Ao todo, cerca de 45 mil soldados foram deslocados pelo país, numa estratégia de confronto nem sempre bem aceita. Alguns especialistas se queixam da falta de planejamento. Outros, da morte de civis. 

- As soluções a longo prazo são a educação e o emprego - conta, da Cidade do México, a escritora e analista política Elena Poniatowska. 

No Iraque, foram necessários dez mil homens para ocupar a Cidade de Sadr, um bairro pobre, reduto de xiitas, em Bagdá, onde vivem dois milhões de pessoas. A área era dominada pelo clérigo radical Moqtada al-Sadr, que se opõe à presença americana. Em 2008, o Exército entrou sem encontrar resistência. Se a ação não deixou mortos ou feridos, tampouco resultou na desmobilização da milícia. 



Fonte: O Globo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Começou a Guerra

Bope pega blindados e equipamentos com a Marinha para combate ao tráfico. Hospital da Penha tem equipe reforçada





Pouco movimento no começo da manhã na Avenida Brás de Pina, em acesso à Vila Cruzeiro. Foto de Márcia Foletto


RIO - Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e fuzileiros navais deixaram a base da Marinha, em Duque de Caxias, e seguem para a Vila Cruzeiro, no Complexo de Favelas da Penha. O comboio com mais de quinze carros da PM conta ainda com seis veículos blindados levados em três caminhões. A Polícia Militar já começa a fechar alguns acessos da Avenida Brás de Pina para a chegada dos comboios, que contam ainda com mais de cem homens do Bope. Há informações de que traficantes instalaram barricadas nas entradas da comunidade para evitar a chegada da polícia.

O comandante do Estado Maior da PM, coronel Álvaro Garcia, e o 1º Comando de Patrulhamento de Área (CPA), coronel Marcus Jardim, estão pessoalmente comandandlo as operações na Avenida Brás de Pina.

A Secretaria estadual de Saúde divulgou o balanço de atendimentos desta quarta-feira, no Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, devido aos confrontos na região. Ao todo, 21 pessoas deram entrada na unidade, quatro morreram e três continuam internadas. Para esta quinta-feira, a Secretaria reforçou o número de médicos na emergência. Médicos do Corpo de Bombeiros também estão no hospital. O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, está na unidade supervisionando as equipes. 

A polícia ainda não entrou nos morros da Penha, mas o clima na região é de apreensão entre os moradores e motoristas. Principal reduto do tráfico no Rio, a Vila Cruzeiro, junto com o Complexo do Alemão, se transformou no maior bunker de traficantes cariocas, recebendo bandidos de comunidades ocupadas por Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

O Exército entrou em alerta máximo e reforçou a segurança de todas as suas unidades militares no Estado do Rio. Até agora, os militares não foram acionados para ajudar o estado no policiamento, como já foi feito em outros anos, mas apenas para dar apoio logístico, como fará a Marinha. 

Em entrevista quarta-feira ao "Jornal Nacional", da TV Globo, o governador afirmou que recebeu um fax do ministro da Defesa, Nelson Jobim, garantindo total apoio: 

- Acabamos de solicitar ao ministro Nelson Jobim e ao almirante Julio (Soares de Moura), comandante da Marinha, o apoio logístico, com transporte, viaturas e equipamentos importantíssimos para o combate a esses criminosos. 

O governador ressaltou que a Marinha não vai atuar diretamente no combate aos atentados no Rio. 

- Não é apoio de efetivo. A Marinha não vai se envolver. Vai ceder esses equipamentos para a operação da Polícia Militar. 

À noite, 12 coronéis percorreram ruas e vias expressas da cidade, para supervisionar o policiamento. Até o comandante-geral da corporação, Mário Sérgio Duarte, participou do patrulhamento. Eles fizeram seis percursos, incluindo a Lagoa e a Autoestrada Lagoa-Barra, perto da Rocinha. Na Zona Norte, percorreram a Rua Vinte e Quatro de Maio e a Avenida Dom Hélder Câmara, perto do Jacarezinho.

Durante o dia, as polícias Militar e Civil fizeram operações simultâneas em 29 favelas. Os alvos principais foram os responsáveis pelos ataques que estão apavorando a população. Só a PM fez incursões em 27 comunidades, resultando na morte de 18 pessoas. Quatro mortes ocorreram nos morros da Penha; oito nas favelas Guaxa e Jardim Floresta, em Belford Roxo; e três na Favela Faz Quem Quer, em Rocha Miranda. Foram detidas ainda 153 pessoas (21 ficaram presas após serem ouvidas). 

PM apreende 1t de maconha na Penha

A PM ensaiou uma investida nos morros da Chatuba e da Fé, no Complexo da Penha, ocupando seus principais acessos. As comunidades fazem parte de um conjunto de morros que forma os complexos da Penha e do Alemão, onde está a maior facção criminosa do Rio. Só nessa ação, quatro pessoas morreram e 25 pessoas foram detidas. Há ainda 14 feridos no Hospital Getúlio Vargas e dois policiais militares baleados de raspão. Entre os mortos, está uma menina de 14 anos, vítima de uma bala perdida na Favela do Grotão, na Penha. 

De acordo com o balanço da PM, foram apreendidas 29 pistolas e revólveres, dez fuzis, duas espingardas calibre 12, uma submetralhadora, cinco granadas e duas bombas artesanais nas operações de ontem. Na Chatuba, foi apreendida uma tonelada de maconha. Segundo o relações-públicas da PM, coronel Henrique Lima Castro, a corporação pôs 17.500 militares nas ruas e reforçou o policiamento nas UPPs, temendo que as unidades fossem alvos dos bandidos: 

" - Não começamos a guerra. Fomos provocados a entrar nela e vamos sair vitoriosos. Temos fôlego para isso. Ainda não usamos o pessoal que está de férias e o do interior. "

A ação policial começou simultaneamente nas favelas por volta das 9h. Enquanto equipes da Polícia Civil entravam nas favelas de Manguinhos e Jacarezinho, PMs de diversos batalhões se reuniam no 41 BPM (Irajá) e, de lá, partiram para invadir as favelas do Complexo da Penha. O fato ocorreu logo depois de um câmera no helicóptero da TV Globo registrar cenas, no início da tarde, de homens fortemente armados e circulando em motos num acesso à Vila Cruzeiro. Foi na favela que, em junho de 2002, o jornalista da TV Globo Tim Lopes foi assassinado pelo tráfico.

O Bope ficou nos acessos e não vai sair de lá, até a ocupação completa da favela hoje. Quando o Bope chegou, traficantes, por meio de radiotransmissores, alertavam para o posicionamento dos blindados da polícia. Comerciantes do Largo da Penha optaram por fechar as portas, temendo balas perdidas. A intensa troca de tiros deixou o local deserto. Até os camelôs recolheram as barracas. Traficantes armados de fuzil circulavam pelas escadarias da Igreja da Penha e atiravam em direção aos policiais. Um carro blindado do Bope foi atingido por duas bombas de fabricação artesanal e ficou com os dois pneus furados. 

PMs de vários batalhões entraram pelos dois acessos da Avenida Vicente de Carvalho e invadiram o Morro da Fé, vizinho à Vila Cruzeiro. A avenida, uma das mais movimentadas da região, foi fechada. Às 9h30m, começou um confronto. As rajadas de fuzil foram contínuas por pelo menos uma hora. Houve correria entre os moradores. Muitos não puderam subir. Uma casa de shows e um posto de gasolina serviram de abrigo para crianças que haviam saído da escola. 

As ações da polícia se estenderam pelos morros da Chatuba, do Sereno e da Caixa D'Água. Durante um dos confrontos, Álvaro Lopes, de 81 anos, foi baleado de raspão no braço, na porta de sua empresa, na Rua Cajá. 

Um morador não identificado foi baleado de raspão. Por conta da troca de tiros nas favelas da região, a direção do Hospital Getúlio Vargas divulgou um alerta a todos os profissionais da emergência, para ficarem a postos para atender baleados. 

Por volta das 13h, cerca de 80 homens do Bope chegaram à Penha. Eles fecharam a Avenida Brás de Pina para que as equipes pudessem passar. O comboio foi aplaudido por motoristas, que, presos no engarrafamento, pediam a ação imediata da polícia na região. As equipes foram entrando aos poucos, nas favelas da Chatuba e Caixa D'Água, que fica atrás do Parque Ary Barroso, onde há uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Apesar do intenso tiroteio, durante o qual pacientes tiveram que se abaixar, o atendimento não foi interrompido. 

Além de favelas na Penha, a PM esteve no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, no Morro da Cotia, no Grajaú, na Favela Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, e na Vila Kennedy. Na Zona Sul, uma ação no Morro do Cerro-Corá assustou moradores do Cosme Velho. Houve um intenso tiroteio. A PM também esteve no Morro do Santo Amaro, no Catete. Na Baixada, ocorreram incursões em cinco comunidades. A Polícia Civil esteve em Manguinhos e no Jacarezinho. 


Ana Cláudia Costa, Daniel Brunet, Gustavo Goulart e Vera Araújo


Fonte: O Globo

Polícia de Verdade X Polícia de Mentira

Enquantoa PM troca tiros a PF prende caça-níqueis



Operações da polícia em favelas têm mortos, presos e armas apreendidas. PM está de prontidão

Policiais civis fazem operação na favela do Jacarezinho - Foto: Gabriel de Paiva - O Globo
RIO - A Polícia Militar divulgou no fim da noite desta quarta-feira boletim com o balanço atualizado dos ataques ocorridos na cidade. Segundo o serviço de relações públicas da PM, desde domingo, 23 pessoas foram mortas, 47 presas e 112 detidas para averiguações. Dois PMs foram baleados, além das 14 vítimas que estão internadas no Hospital Municipal Getúlio Vargas, na Penha. 

Houve a apreensão de 29 armas do tipo pistolas e revólveres; 10 fuzis; duas espingardas calibre 12, uma submetralhadora, cinco granadas e duas bombas caseiras. Com alguns bandidos presos, a polícia encontrou um coquetel molotov, dois artefatos explosivos, nove litros de gasolina, além de material inflamável. Ao todo, 37 veículos foram incendiados: dois carros no domingo, oito na segunda e dois na terça. 

Só nesta quarta-feira, 18 pessoas foram mortas nas operações policiais, e os bandidos destruíram 15 veículos de passeio, duas vans, sete ônibus e um caminhão. 

No Complexo da Penha, dois policiais militares ficaram feridos em confronto com bandidos. Entre os mortos está uma menina de 14 anos, vítima de bala perdida na favela do Grotão, na Penha. Rosângela Barbosa Alves levou um tiro no peito enquanto usava o computador em casa. A jovem foi levada para o hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos. Em Brás de Pina, uma mulher foi baleada de raspão da nuca na Rua Suruí. 

Nesta quarta-feira, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) localizou uma tonelada de maconha na favela da Chatuba, na Vila Cruzeiro, mas ainda planeja como retirar o material. 

De acordo com o coronel, cerca de 17.500 policiais estão de prontidão em toda a região metropolitana. 

- Não começamos esta guerra. Fomos provocados a entrar nela e vamos sair vitoriosos - afirmou Lima de Castro. 

PF faz operação contra caça-níqueis e adulteração de combustíveis











RIO - Dezenove pessoas foram presas, nesta quinta-feira, em uma operação da Polícia Federal para coibir a exploração de caça-níqueis e a adulteração de combustíveis. Entre os presos, estão quatro policiais federais e um policial militar. Participam da ação 260 policiais, que cumpriram 50 mandados de busca. A operação Halloween também contou com a participação de policiais da Corregedoria Geral da Polícia Militar. 

A operação foi realizada em Rio, Petrópolis, Niterói, Macaé, Duque de Caxias e Guapimirim.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coronel somente aposentará aos 65 anos

Comissão aprova aposentadoria especial para policial


 
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou nesta terça-feira a concessão de aposentadoria especial para servidor público que exerça atividade de risco, como policiais, guardas, agentes carcerários e penitenciários.

O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 330/06, do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), e determina que o servidor poderá obter o benefício nas seguintes condições:

- voluntariamente, ao completar 30 anos de contribuição, com proventos integrais e equivalentes ao da remuneração ou subsídio do cargo em que aposentar, desde que tenha, pelo menos, 20 anos de exercício de atividade. No caso de mulher, o período de contribuição mínimo é de 25 anos;

- por invalidez permanente, com proventos integrais e idênticos ao da remuneração ou subsídio do cargo em que aposentar. Essa regra será aplicada se a invalidez tiver sido provocada por acidente em serviço ou doença profissional, ou quando o servidor for acometido de doença contagiosa, incurável ou de outras especificadas em lei;

- por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição em atividade de risco, tendo por base a última remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria. Isso ocorrerá se a invalidez for provocada por doenças não especificadas em lei ou em razão de acidente que não tenha relação com o serviço.

Conforme o texto aprovado, férias, ausências justificadas, licenças e afastamentos remunerados, licenças para exercício de mandato classista ou eletivo e o tempo de atividade militar serão considerados tempo de serviço para efeito da concessão do benefício.

Valor


A aposentadoria deverá ter, na data de sua concessão, o valor da última remuneração ou subsídio do cargo em que se der o benefício e será revista na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração ou subsídio dos servidores na ativa.

Além disso, deverão ser estendidos aos aposentados todos os benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores da ativa, incluídos os casos de transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se deu a aposentadoria.

Pensão

O valor mensal da pensão por morte será o mesmo da aposentadoria que o servidor recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. As pensões já concedidas na eventual data de publicação da lei terão os cálculos revisados para se adequar à essa exigência.

Segundo Itagiba, a mudança no regime de aposentadoria é crucial para o bom funcionamento dos órgãos de segurança pública.

Projeto original


O projeto original se restringia a garantir a aposentadoria voluntária após 30 anos de contribuição, com pelo menos 20 anos de exercício da atividade policial (com cinco anos a menos, em ambos os períodos, no caso de mulheres). A aposentadoria compulsória ocorreria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 65 anos de idade para os homens e aos 60 para as mulheres.

Tramitação

O projeto, que tramita em regime de prioridade, já havia sido aprovado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Agora, segue para análise do Plenário. As informações são da Agência Câmara.

 

Fonte: Agência Câmara

Terrorismo no Rio

O terror e a lei



O governo do Rio está tomando providências em diversas frentes, invadindo várias favelas controladas pela facção criminosa que estaria promovendo esses arrastões, e ao mesmo tempo o governador Sérgio Cabral pediu que a Polícia Rodoviária Federal entrasse em alerta máximo, oficialmente para ajudar no controle das vias expressas do Rio como as Linhas Vermelha e Amarela, onde têm acontecido muitos ataques dos bandidos.

Na realidade, as autoridades lidam também com uma denúncia de que um caminhão de explosivos estaria sendo desviado para o Rio para atentados, o que configura o caráter terrorista das ações dos últimos dias.

 
Este foi um primeiro pedido oficial do governo do Rio ao governo Federal, dando a dimensão da gravidade do caso, e o Ministro da Justiça ofereceu até mesmo a Força Nacional de Segurança.

 
Essa ação nos morros é uma reação para demonstrar à facção criminosa que não haverá recuo no combate ao crime organizado.

 
Além da ação terrorista coordenada para acuar as autoridades, há também a bandidagem que, expulsa dos morros, está no asfalto tentando reverter seus prejuízos.

 
Seria de se esperar que esse tipo de crime aumentasse nas ruas da cidade, e que muitos desses criminosos fossem para outras cidades do interior do Estado, onde o índice de criminalidade tem crescido.

 
Inclusive por que a tática do governo é avisar com antecedência que vai invadir este ou aquele morro, dando tempo para os bandidos saírem sem resistir à chegada da polícia, para evitar um banho de sangue e colocar em risco os moradores.

 
Isso por que a idéia principal das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) não é acabar com o tráfico de drogas, mas sim acabar com o domínio dos bandidos sobre o território das favelas.

 
Interessa mais a essa política liberar as favelas para os cidadãos do que propriamente impedir o tráfico e prender os traficantes.

 
Mas a única coisa a fazer é continuar na estratégia de ir avançando no domínio do território ocupado pelos bandidos.

 
Sucessivos governos deixaram esses criminosos tomarem conta das favelas da cidade e agora para alcançar uma pacificação desses territórios é preciso devolver ao Estado o chamado “monopólio da força” onde os criminosos o exercem.

 
O Ministério da Justiça ofereceu também vagas em presídios federais para que sejam transferidos bandidos que continuam mandando ordens de dentro dos presídios estaduais, mas se as ameaças continuarem será preciso pedir a ajuda das Forças Armadas.

 
A tendência natural do governo, qualquer governo, é tentar reduzir o tamanho da ameaça, e é por isso que o secretário de Segurança José Beltrame, que está fazendo um excelente trabalho, diz que essas ações são feitas por uma facção criminosa pequena que não se conforma com a perda de espaço para suas ações nos morros da cidade.

 
Pode ser, mas o que estamos vendo são ações coordenadas, como se fossem treinadas com o objetivo único de causar impacto na população.

 
Os métodos são de ataques terroristas, com táticas de guerrilha. Tudo indica que são pessoas treinadas, muitos indícios de que há ex-soldados cooptados pelos traficantes.

 
Naquele episódio da tomada do Hotel Inter Continental, em São Conrado, os filmes mostravam movimentos dos bandidos muito organizados, com claro preparo militar.

 
“Devido à existência do controle territorial armado por narcotraficantes e milícias, a retomada definitiva, com a retirada das armas, é uma questão estratégica e não tática”, afirma um trabalho da Casa das Garças, um instituto de estudos do Rio, já abordado pela coluna, sobre as favelas do Rio.

 
O trabalho chegou à conclusão de que “o estado e a sociedade civil estão presentes nas favelas. A ausência do estado ocorre apenas em uma função: o policiamento ostensivo. Porém, este é o ponto primordial para que todos os demais direitos e equipamento sejam acessados”.



Merval Pereira



Fonte: Blog do Noblat

Revelações Cariocas

Análise



O que está acontecendo no Rio de Janeiro é simples: Os traficantes que eram donos das favelas, ou comunidades, foram expulsos pela presença policial constante. Tal ação prejudicou seus lucros, inibiu suas liberdades, proibiu seus bailes e colocou suas vidas en risco por terem que descer do morro para assaltar bancos e joalherias.

Como resolver este dilema: fácil, é só colocar o asfalto, ou os bairros nobres abaixo dos morros, em desespero pela perda dos seus bens que os policiais serão retirados das UPPs e deslocados para mais perto da praia.

O que o Estado pode fazer para enfrentar este novo tipo de crime: pedir ajuda para outras forças e não abandonar as favelas ocupadas.

Qual Estado brasileiro está preparado para enfrentar este tipo de crime: NENHUM!


Giovanni Valente

PM entra em prontidão para conter violência

Rio de Janeiro



O comandante-geral da Polícia Militar no Rio de Janeiro, Mário Sérgio Duarte, determinou hoje (24) estado de prontidão a todos os policiais dos 19 batalhões da corporação. A decisão foi tomada devido à continuidade das ações criminosas na capital e região metropolitana.

O serviço de Relações Públicas da PM informou que, com o estado de prontidão, as folgas dos militares ficam canceladas e todos aqueles que não estavam de serviço têm que se apresentar nos quartéis.

Hoje pela manhã, bandidos incendiaram um ônibus em Vicente de Carvalho e um carro em Cavalcante, ambos na zona norte. Ninguém ficou ferido. Também agora pela manhã as polícias Civil e Militar fazem operações em várias favelas da zona norte.

Durante a madrugada três ônibus e pelo menos oito carros foram incendiados. Nas ações também não houve feridos.
 

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Governadores protestam contra PEC dos policiais

Deu em O Globo



Governadores e ministros fizeram ontem apelo para que a Câmara não vote agora a PEC 300, que cria um piso nacional para policiais civis e militares.

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) avisou que a medida terá impacto de R$ 43 bilhões/ano para União e estados. Os líderes avisaram que há pressão de deputados e setor para que a PEC seja votada.

O impasse pode inviabilizar a votação de dois outros pleitos dos governadores: o projeto que prorroga mecanismos da Lei Kandir e a PEC que prorroga o Fundo Nacional de Combate à Pobreza.

As questões foram debatidas em reunião com o presidente da Câmara e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP); dois ministros; sete governadores ou vices eleitos; e parlamentares.

Os governadores sugeriram encontro com a presidente eleita, Dilma Rousseff.

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) avisou que o PDT colocará a PEC 300 em votação se houver sessões extraordinárias para votar projetos de interesse dos governadores.

Outra manifestação causou desconforto no Planalto: o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), falando em nome do "blocão" (que poderá reunir 202 deputados), avisou que seria difícil conter os deputados, porque houve compromisso em votar a PEC 300.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que os pisos nacionais ferem a autonomia dos estados:


— Se for criar piso nacional de uma, dez, 50 categorias, daqui a pouco os governadores terão cerceado seu direito de fazer a administração de pessoal. Se for por aí, entramos num caos.


Cristiane Jungblut e Isabel Braga


Fonte: O Globo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

José Eduardo Cardozo será ministro da Justiça

PT



José Eduardo Cardozo foi reeleito para o segundo mandato como deputado federal pelo PT de São Paulo em 2006 com 124.409 votos. Não candidatou em 2010.


Desde o início de 2008 ocupa o posto de secretário-geral do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores. Professor de Direito Administrativo da PUC/SP e do Marcato Cursos Jurídicos, é paulista e tem 48 anos. Mestre e Doutorando em direito, é advogado e procurador do município de São Paulo desde 1982. 

PEC 300

Segundo José Eduardo Cardozo a PEC 300 vai acabar sendo discutida no Supremo Tribunal Federal (STF), devido a uma série de inconstitucionalidades.Votou favorável a PEC na Cãmara dos Deputados.

TRF ordena que ex-superintendente da PF cumpra pena

Mais de 12 anos após a sentença




Em decisão unânime, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2, do Rio e do Espírito Santo) acatou recurso da Procuradoria da República e determinou o imediato cumprimento da pena de quatro anos e seis meses de prisão contra o ex-superintendente da Polícia Federal do Rio, delegado Edson Antônio de Oliveira, pelo crime de concussão (extorsão praticada por funcionário). A sentença, de agosto de 1977, foi dada pelo juiz da 1ª Vara Federal Criminal. Além da prisão e de uma multa, o ex-diretor da Interpol no Brasil perderá o cargo de delegado.
 
A defesa do delegado insistia na tese da prescrição da pena por conta do lapso de tempo por terem se passado mais de 12 anos da sentença, tese que chegou a ser acolhida pelo juiz da 1ª Vara, Marcos André Bizzo Moliari. A tese contrariou o entendimento da ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, que em dezembro passado tinha determinado o imediato cumprimento da pena.


Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Primeiro Trimestre de 2011

Cenários



A PEC 300 é discutida pelos novos Governadores e a Presidência em Janeiro, todos concordam que 47 bilhões é muito dinheiro e determinam aos seus Deputados e Senadores para votarem contra.

As entidades de classe vão ao Congresso Nacional e ameaçam uma greve geral. O governo oferece aos líderes dos policiais empregos federais e um aumento irrisório para a tropa, tipo 30% sobre o valor que cada Estado paga atualmente (dividido em 40 parcelas, é lógico).

Os líderes voltam aos seus Estados satisfeitos com o "resultado" dessa ampla negociação e anunciam o fim das manifestações. Aqui e ali aparecem novos líderes descontentes, novas manifestações e aquartelamentos. Os governos reagem punindo e expulsando os envolvidos.

Começa o mês de fevereiro. A tropa revolta-se com a perseguição política e o endurecimento por parte do Estado, começam a parar seus serviços e tomar os quartéis. Os Oficiais apoiam o movimento. Forças federais são chamadas para comandar e substituir as polícias.

Começa o mês de março. Cancelado o Carnaval de Salvador, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Olinda, de Recife... por falta de segurança. O comércio não funciona, as escolas e bancos estão fechados, o trânsito está um caos, falta alimentos nas grandes cidades, os homicídios disparam, roubos, estupros e disputas pelo controle criminoso de cidades inteiras... toque de recolher é estabelecido

Presos iniciam rebeliões em todos os presídios, as Forças Armadas não tem efetivo para guarnecer todas as frentes de serviço. Os poucos policiais que trabalhavam param suas atividades. Golpe militar é iminente. Governo recua e aprova a PEC 300.

A Democracia sobrevive.


Giovanni Valente

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PEC 300 discutida no Conselho Político do Governo Federal

Confira o que a cúpula do governo disse no Conselho Político




Em reunião do conselho político do governo no Palácio do Planalto, realizada na tarde de hoje (17), os líderes da base apresentaram as principais reivindicações do Congresso para serem votadas até o final do ano.

A conversa pôde ser registrada em razão de o áudio do encontro ter vazado por cerca de 50 minutos.


Na pauta da cúpula do governo: salário mínimo, pré-sal, reajuste do Judiciário, PEC 300 (que estabelece o piso salarial dos policiais e bombeiros), greve nacional da polícia, regulamentação dos Bingos.


O encontro foi comandado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Até a descoberta do vazamento do áudio, nem o presidente Lula, nem Dilma estavam presentes.

Confira os principais trechos da gravação da reunião da cúpula do governo.


Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo

A nossa preocupação é discutir muito criteriosamente e tanto quanto possível não aprovar projeto que impliquem aumento de gastos.

Tem umas coisas colocadas lá [na pauta do Congresso Nacional] como reajustes salariais. Acho que isso tudo a rigor deve ficar para ano que vem. Seria muito mais razoável.

Tem umas coisas como a PEC 300 que tem uma movimentação grande dos policiais e que tem simpatia na Casa.

 

Fizemos hoje um novo levantamento com o ministério da Justiça. Se fosse [aprovada] a redação original da PEC, significaria 43 bilhões e meio de impacto orçamentário por ano.

 

Mas como a idéia é fazer uma repartição onde a União pagaria um pedaço e os estados outra, com certeza os estados ficariam com uma conta na ordem de R$25 milhões por ano.

Acho que estamos jogando o problema para frente... Sei que é sempre desagradável colocar essas cosias aqui, mas o Padilha colocou a bola aqui e eu como bom beque dei um bico para o lado do Paulinho [líder do PDT e presidente da Força]...

Acho que nós precisamos ter um carinho muito grande porque do contrário vamos gerar não só para a presidente que vai tomar posse, mas todos os governadores que não têm condições de arcar com isso.

Líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP)

Nós estamos tendo um cuidado grande na Câmara diante das expectativas para o segundo semestre do ano que vem, no inicio do novo governo.

Com a situação internacional não muito clara devido o problema do câmbio, da disputa do EUA com a China, tem uma preocupação na Câmara para que não seja aprovado nenhum proposta que implique aumentar significativamente os gastos para ano que vem e crie dificuldades para o governo da Dilma.

A PEC 300 é um exemplo. O ideal seria a presidente Dilma e os governadores eleitos dialogarem para ver como resolve o problema da PEC 300 e não aprová-la de saída.

 
Deputado Paulinho da Força (PDT-SP)

Gostaria de dizer que o Vaccarezza tem feito esse papel muito bem de dizer para esquecer da PEC 300. Mas é o seguinte ... a polícia de São Paulo ganha R$ 1400 e mais um ticket de refeição de R$ 4, que não dá para comprar uma coxinha e um guaraná.

 
Então nós precisamos encontrar uma solução para a PEC 300. Não é simplesmente enrolar o pessoal.

 
Eles estão organizando uma paralisação logo no início do governo Dilma, nacional, ou seja, não é pequena... precisamos encontrar uma solução...

 
Fizemos uma sugestão ao Vaccarezza que tem um projeto na Câmara antigo que é a questão dos bingos. O governo fala tanto em dinheiro.

 
Os bingos dão R$ 7bilhões de imposto por ano para o governo. Tem todo sistema de controle para isso. A gente vê uma resistência por parte do governo em aprovar o bingo, é uma fonte de recurso que poderia ter ai.

 
Líder do PR na Câmara, Sandro Mabel (GO)

Acho que nós precisamos ter dinheiro de investimento também. Eu particularmente toda vez que aumentar o salário mínimo sou beneficiado. Apesar de pagar um pouco a mais, o pessoal come mais biscoito. Então é bom.

Sempre sou a favor de subir o salário mínimo. Mas o salário mínimo tem que ter sempre uma dosagem porque se não vamos tirando a capacidade de poupança, vamos criando mais economia e não vamos ter infraestrutura para que esse pessoal que é cada vez mais exigente.

Sobre a PEC 300, não tinha noção do impacto. R$ 43 bilhões! É um impacto muito grande quase inadmissível, uma CPMF cheinha...

Acho que podemos dar um presente para a saúde com essa questão do bingo. Nós podemos pegar essa receita colocá-la inteirinha destinada à saúde.

Já dávamos uma acertada na Saúde, são R$ 7 bilhões, sem carga tributária extra, porque essa história de você aumentar a carga tributária está cada vez mais complicada.



Fonte: Blog do Noblat

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Como passar em um concurso do CESPE/UNB

Use a técnica do ‘chute’



Segundo o especialista em mercado financeiro e personal de concursos, Paulo César Pereira,  além de estudar e compreender o modelo das provas do Cespe, é mais fácil obter sucesso quem treina e aplica a técnica do chute. “Não deixar questões em branco, mesmo nas provas do tipo uma errada anula uma certa, é a receita para o sucesso.”

Porém, Pereira esclarece que o termo “chute” não deve ser interpretado como um recurso apenas para questões em que nada se sabe. Para ele, a utilização das técnicas de chute serve para melhorar a qualidade do diagnóstico, mas deve estar atrelada ao conhecimento e ao estudo.

Confira no quadro abaixo algumas técnicas, elaboradas pelo personal de concursos, Paulo César Pereira, para auxiliar o candidato na hora do “chute”.


Técnicas de ‘chute’


Grandes opções - Uma pequena omissão muitas vezes torna o item incorreto. Portanto, para que uma assertiva seja totalmente verdadeira, muitas vezes vem com um tamanho bem maior do que das outras letras. Assim, geralmente os itens grandes são corretos. Por outro lado, os menores também costumam ser corretos.

Inclusiva - Quando preveem exceções ou usam palavras inclusivas, geralmente são corretas. As palavras-chave para identificar essas questões são: a princípio, predominantemente, fundamental, em geral, em regra, pode, etc.

Exclusivas - Quando a opção é muito forte, não deixando brechas para exceções, geralmente são incorretas. As palavras-chave para identificar essas questões são: garante, nunca, sempre, obrigatoriamente, não, totalmente, apenas, jamais, em hipótese alguma, em tempo algum, de modo nenhum, só, somente, unicamente, exclusivamente, tão-só, tão-somente, etc.

‘Batata podre’ - O item quase todo é correto, mas há a inserção de um pedaço que o invalida (geralmente ao final da frase).

domingo, 14 de novembro de 2010

Guerra no Asfalto

O terror no Rio




Na manhã desta sexta-feira, foi encontrado, nas proximidades do Morro da Serrinha, em Madureira, no Rio, mais um carro incendiado em cujo interior havia quatro corpos carbonizados. Há, portanto, nítidos indícios, muito embora as autoridades policiais não confirmem até agora, de que a "chefia" do poder paralelo no Rio - boa parte dela já encarcerada em penitenciárias de segurança máxima fora do estado - resolveu, em represália ao avanço da Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), acrescentar à sua estratégia de atuação práticas criminosas que desafiem o poder público e implantem o clima de pânico no seio populacional.

É a vingança pela perda de lucros com o sucesso das UPPs. Imaginam criar um cenário de violência que dificulte sobremodo as estratégias policiais de contenção. Não bastam só os arrastões. O narcoterrorismo agora também resolveu, mesmo sem nada roubar na abordagem a motoristas em vias públicas, incendiar imediatamente os véiculos. Em menos de três dias, foram seis carros incendiados no Rio. No bairro do Flamengo, os dois veículos alvos da ação do terror estavam estacionados sem a presença dos motoristas, tiveram os vidros quebrados e coquetéis molotov arremessados em seu interior. Ação típica de terrorismo urbano, que coloca em xeque a efetividade do planejamento policial preventivo. É preciso também investigar se outros tipos de explosivos foram utilizados nos ataques que redundaram na queima dos veículos.

A polícia do Rio está gravemente desafiada e precisará dar a resposta à altura antes que se torne impotente face a uma ação marginal inusitada e de dificílima prevenção e repressão. A polícia não poderá esperar mais que aconteça para desferir a ofensiva legal, sob pena do clima de insegurança e de pânico gerar até mesmo a grave perturbação da ordem pública. É inadmissível que o poder legal seja desafiado dessa forma por narcoterroristas que, embora enfraquecidos em suas bases, parece que pagarão muito caro pela rendição. A ação policial (pró-ativa) terá que se antecipar o quanto antes à atuação dos "bondes do terror". É necessário acabar com o crime na origem (nos redutos do tráfico). Ali há armas e perigosos delinquentes que, em liberdade, causam inquietação.

Tal ação marginal desafiadora é, portanto, extremamente preocupante. Por enquanto, aguarda-se qual será a nova tática de atuação na nova estratégia do poder paralelo para se manter atuante: o "terror no asfalto". A polícia vai ter que se antecipar. Quer queira, quer não. A sociedade precisa de uma rápida e eficaz resposta. Incendiar carros é ação típica de terror.


*Milton Corrêa da Costa é Coronel da PM do Rio na reserva


Fonte: O Globo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Governo Dilma manda o Congresso barrar a PEC 300

Eu não 

 

O vice eleito, Michel Temer, negando ter recebido pedido para engavetar na Câmara o projeto que estabelece piso salarial para os policiais: 

 

"Alguém quer me intrigar com a presidente Dilma. Não tratamos da PEC 300 em nossa conversa". 

 

Um dia depois de representantes do governo, reunidos com a equipe de transição, terem deixado claro que é imperativo barrar a votação da PEC 300, explosiva para as contas públicas, o líder da bancada do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), saiu de reunião na Câmara e mandou bala no Twitter:

 

"Durante a reunião de líderes, defendi a votação da PEC 300. Ainda falta a apreciação de alguns destaques".



Fonte: Blog do Noblat

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Futuro Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás

Furo de reportagem do BLOG



José Eliton Jr., 37 anos, Vice Governador eleito.

Novo nome do Blog

Nova Marca



O Blog do Policial Valente muda seu registro para Blog do Giovanni Valente. 

Além do nome este movimento significa que discutiremos muito mais que problemas relacionados com Segurança Pública. 

Cultura, política, economia e outros asuntos serão tratados aqui com o rigor de uma abordagem policial.

Obrigado aos amigos que acompanham este nosso canal de noticias.

Abraços.

Major Giovanni

Propostas de Emenda Constitucional (PECs) dos Policiais e dos Delegados

Ambas tratam da reestruturação de carreiras.



A primeira cria um piso salarial para os policiais civis e militares e os bombeiros. O texto original levaria a um rombo de R$ 20 bilhões. A Câmara aprovou, em primeiro turno, um texto que deixa nas mãos do governo federal a definição do valor do piso e o funcionamento de um fundo a ser criado para arcar com essa despesa — mas a proposta tem que ser submetida ao Congresso.

No caso dos delegados, há equiparação do salário ao dos integrantes do Ministério Público. O governo de São Paulo estima que só no estado o impacto seria de R$ 8 bilhões por ano.

sábado, 6 de novembro de 2010

Tempo de faculdade pode ser contado como tempo de serviço

Minas Gerais



Foram designados em 31/8/10, na Reunião Ordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, os integrantes da Comissão Especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 62/10, que dá nova redação ao artigo 282 da Constituição Estadual. O objetivo da PEC é permitir que todos os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros com formação universitária possam acrescentar à contagem de tempo de serviço o período de duração de seu curso superior. O texto atual do artigo 282 concede esse benefício apenas aos oficiais formados na área de saúde.

Tanto na redação constitucional em vigor como na da PEC o acréscimo é gradual. A cada cinco anos de efetivo exercício, é somado um ano, até que seja atingido o tempo de duração do curso. A Proposta de Emenda à Constituição é de autoria coletiva e teve como primeiro signatário o deputado Agostinho Patrus Filho (PV).

No primeiro semestre deste ano, a Assembleia aprovou duas proposições que tratam da exigência de curso universitário para ingresso na carreira militar, ambas transformadas em normas jurídicas. A Lei Complementar 115, de 2010, decorrente do Projeto de Lei Complementar (PLC) 61/10, estabelece a formação superior como requisito para ingresso na Polícia Militar. No caso do Corpo de Bombeiros, ela é exigida apenas dos oficiais. A Emenda à Constituição 83, de 2010, resultante da PEC 59/10, reconhece a carreira de oficial da PM como carreira jurídica e exige o título de bacharel em Direito para o ingresso no quadro de oficiais.


Fonte: Assessoria de Comunicação ALMG