sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sub-tenente do BOPE morre em confronto com traficantes no Rio de Janeiro

sub-tenente Gripp
Lotado há 11 anos no Bope, o sub-tenente Marco Antônio Gripp morreu após ser baleado durante confronto com traficantes no Morro da Covanca, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. Outros dois PMs da unidade de elite também foram atingidos por tiros.
Horas antes, o soldado Roger Oliveira Faria, 26 anos, lotado no 9ºBPM, foi baleado por criminosos que controlam o tráfico de drogas no Morro do Cajueiro, em Madureira, na Zona Norte, durante perseguição a um motorista que havia fugido de uma blitz da Lei Seca.
Com isso, chega a 137 o número de policiais baleados no Estado do Rio: 66 estavam de serviço e 66 de folga. De janeiro a hoje, 53 morreram.
Estatística completa -> http://wp.me/P1kUzd-2kn
SAIBA MAIS:

Fonte: Blog Forças Terrestres

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Fotos de traficantes do Comando Vermelho preparados para a guerra nos morros da Praça Seca

Rio – Este é o poder de fogo da vagabundagem que nos últimos meses, expulsou moradores de suas casas, assassinou trabalhadores e tenta estabelecer a nova fortaleza do comando vermelho em Jacarepaguá para a venda de drogas e todo tipo de crime. 

Para não haver dúvidas de que se trata da quadrilha que atua na Covanca e no Bateau Mouche, na segunda imagem podemos ver o traficante Tiquinho marcado com um círculo.

As fotos foram tiradas na segunda semana de setembro, os bandidos estavam na Covanca se preparando para invadir a comunidade Bateau Mouche.

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domingo, 8 de setembro de 2013

Austeridade não funciona e só protege os ricos

A austeridade é uma ideologia fracassada que é esgrimida pelos ricos para repassar o custo das crises para os pobres. Historicamente tem provocado desemprego, conflitos sociais, guerras.

Esse é o cerne de “Austerity, the History of a Dangerous Idea” [Austeridade, a história de uma ideia perigosa], de Mark Blyth. Professor de política econômica internacional na Universidade Brown, ele é doutor em ciência política pela Universidade Columbia, as duas nos EUA.
Filho de açougueiro, Blyth nasceu em 1967, na Escócia. Houve tempo em que ia para a escola com furos nos sapatos. O Estado do bem-estar social europeu lhe proporcionou ensino de qualidade e ele ascendeu socialmente –hoje, integra instituições de alto prestígio.
Agora, esse arcabouço que viabilizou seu avanço está colocado em xeque pelas políticas de austeridade que se estabelecem por todo lugar. O acadêmico teme que as próximas gerações não tenham as chances que ele teve e que o futuro esteja garantido apenas aos já privilegiados. Por isso decidiu escrever o livro, conta no prefácio.
Dedicado ao estudo da política das ideias, Blyth navega pela história, pela filosofia, pela economia. Vasculha as origens da ideologia da austeridade nos escritos de John Locke (1632-1704), David Hume (1711-1776) e Adam Smith (1723-1790), feitos num tempo em que a noção de deficit público estava associada a gastos de reis e suas cortes.
Mesmo assim, lembra que no clássico “A Riqueza das Nações” Smith reconhece que o mercado não pode existir sem o Estado –essencial para a defesa externa, segurança da propriedade privada, estabelecimento de um sistema judiciário, policial, educacional etc.
DEPRESSÕES
Na análise dos séculos 20 e 21, Blyth ressalta que as lições dos erros cometidos em torno da Grande Depressão advinda do crash de 1929 foram esquecidas. Didaticamente, explora os casos da Alemanha, do Japão, dos EUA e da França após a Primeira Guerra Mundial. Em todas essas situações, as políticas austeras fracassaram em recuperar as economias, levando os países ao desastre.
Nos EUA, as medidas de aperto e de corte nos gastos públicos fizeram o desemprego saltar de 8%, em 1930, para 23%, em 1932. No Japão, a austeridade criou a pior depressão da sua história, fez eclodir assassinatos políticos e deu poder à elite que encaminhou o país à guerra.
Na Alemanha, o autor descreve as sucessivas políticas de arrocho que, com o acréscimo de erros dos social-democratas de então, ajudaram a trazer Hitler ao comando do país. Na França, modelo semelhante também provocou uma hecatombe, pavimentando o caminho para a perda de soberania nacional.
Blyth mostra como o Banco da França atuava em defesa dos interesses das 200 famílias mais ricas do país, beneficiando rentistas e prejudicando a maioria da população.

Entre 1932 e 1936, os gastos governamentais foram cortados em 20% (derrubando despesas militares), a produção industrial encolheu e os salários afundaram.

“As elites francesas estavam tão preocupadas com a inflação e tão determinadas a manter o valor do franco que paralisaram a capacidade militar da França de se mobilizar contra Hitler. A austeridade não apenas falhou –ela ajudou a explodir o mundo. Essa é a definição de uma ideia muito perigosa”, afirma o autor.
Blyth vê semelhanças entre a França dos anos 1920 e a crise atual. “A alternativa a cortar é taxar”, defende. Para ele, a crise foi gerada pelo setor privado e está sendo paga pelo setor público.
“Os bancos prometeram crescimento, entregaram perdas, passaram o custo para o Estado e depois culparam o Estado pelo deficit”, ataca. “Os de baixo estão ouvindo o discurso de apertar os seus cintos feito por aqueles que estão vestindo calças muito largas”, diz.
Na sua visão, há risco de as políticas de austeridade, como no passado, produzirem crises políticas e sociais. Desconstruindo a cantilena oficial das “crises soberanas”, o professor argumenta que talvez os bancos não devessem ter sido resgatados pelos governos. Compara casos como o da Irlanda e da Islândia.
Em linguagem aguda e clara, o livro ajuda a entender o momento para além dos números.
“Austerity, the History of a Dangerous Idea”

AUTOR Mark Blyth
EDITORA Oxford University Press
QUANTO US$ 19 (R$ 44, 304 págs.)
AVALIAÇÃO Bom


ELEONORA DE LUCENA



FONTE: Folha de São Paulo


COMENTÁRIOS DO BLOG:

As manifestações que estão ocorrendo no Brasil tendem a piorar no médio prazo, caso a economia continue no atual patamar.