quarta-feira, 6 de março de 2013

Brasil lidera ranking de mortes por arma de fogo, aponta pesquisa













O Brasil é o país com mais mortes por arma de fogo, dentre os 12 países mais populosos do mundo. Ao todo, foram 36.792 homicídios por tiros em 2010, contra 17.561 do segundo colocado, o México, também em 2010. No quesito violência por armas de fogo, o país do "homem cordial" bate tanto em termos relativos quanto em números absolutos gigantes populacionais como a China e a Índia.

Os dados constam do "Mapa da violência 2013", que analisa dados coligidos pelo Ministério da Saúde, referentes a 2010. Com base nos mesmos dados, já se produziram estudos publicados no ano passado, sobre a violência que atinge jovens e negros, entre outros recortes.

Segundo o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, a media nacional está em 19 mortes por arma de fogo a cada lote de 100 mil habitantes. Mas diversas unidades da federação ultrapassam a casa dos 30 óbitos por tiro, como Espirito Santo, Bahia, Paraíba e Pernambuco. Em Alagoas, a media é quase o dobro da nacional: 55,3.

Quatro municípios superam a marca dos 100 óbitos por arma de fogo em cada 100 mil habitantes. Dois ficam na Bahia: Simões Filho e Lauro de Freitas. Os outros dois encontram-se no Paraná (Campina Grande do Sul e Guaíra).

Os Estados com menores taxas de mortes por armas de fogo, abaixo de 10 a cada 100 mil habitantes, são São Paulo, Santa Catarina, Piauí e Roraima.

Waiselfisz atribui o alto índice de mortes na média nacional a três fatores: a facilidade de acesso às armas de fogo, a cultura da violência --"muita gente considera normal resolver na base do tiro os conflitos interpessoais"-- e os elevados níveis de impunidade vigentes.

Segundo ele, o arsenal de armas de fogo nas mãos da população é estimado em 15,3 milhões (6,8 milhões registradas e 8,5 não registradas), comprovando a facilidade e o descontrole no acesso às armas.

O sociólogo cita como causa da sensação de impunidade os "baixíssimos" índices de elucidação de crimes de homicídio no Brasil, que variam entre 5% e 8% do total de óbitos. Nos Estados unidos, esse percentual sobe para 65%, no Reino Unido é de 90% e na França, fica em 80%.

Fonte: Folha de São Paulo
Editoria de Arte/Folhapress

sábado, 2 de março de 2013

A dura rotina de um presidiário americano, por Ricardo Setti


Adam Bloss, presidiário que cumpre pena na penitenciária de Moriah, no norte do Estado de Nova York, sob estrita vigiância de guardas armados, dá duro cortando blocos de gelo do Lago Flower que serão usados na construção de um palácio para um tradicional festival na pequena cidade de Saranac Lake.


O presidiário da penitenciária de Moriah, em Nova York, começa seu "programa de choque" todo dia às 5h30 da manhã


Presidiário, nos Estados Unidos, não tem colher de chá, e não raro a pena inclui trabalhos forçados. No caso de Adam, ele está inscrito num chamado “programa de choque” destinado a “constuir caráter e auto-estima”.
Se ele for bem, poderá obter redução de pena, mas o programa não é mole: todo dia, ele começa a trabalhar às 5h30 da manhã e é obrigado, depois, a frequentar uma série de aulas. Após seis meses dessa vida, será submetido a provas e avaliações para as autoridades constatarem se merecem o benefício da redução.
Igualzinho ao Brasil, não é mesmo?

Ricardo Setti, Veja Online

Fonte: Blog do Noblat