terça-feira, 18 de maio de 2010

PM faz operação tartaruga; PC para

Mobilização das categorias.


A semana começou em Goiás com a paralisação das atividades dos delegados da Polícia Civil e o início de uma operação tartaruga na Polícia Militar. A mobilização das categorias é uma resposta ao governo estadual que, na semana passada, sinalizou com a impossibilidade de atender as reivindicações relacionadas principalmente às perdas salariais. Ontem, aproximadamente 200 dos 381 delegados na ativa, se reuniram em assembléia na sede da Associação dos Delegados do Estado de Goiás (Adpego).

Na Polícia Civil, o descontentamento da categoria é visível. Mobilizados em assembléia permanente, os delegados reclamam perdas salariais da ordem de 30% nos últimos cinco anos para os profissionais em início de carreira e um percentual ainda maior para quem já atingiu o topo.


Os mais de 380 delegados na ativa em Goiás, a metade deles na capital, recebem hoje salários brutos que variam de R$ 8,7 mil (iniciante) a R$ 12,8 mil (classe especial), estes estão desde 2003 sem reajustes. De acordo com Wilson Luiz Vieira, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), os subsídios são insuficientes para atrair novos delegados. No último concurso, segundo ele, foram aprovados 110 candidatos, mas somente a metade aceitou assumir o cargo, optando por carreiras jurídicas ou delegacias de outros Estados.


Na manhã de ontem, poucos delegados compareceram aos seus locais de trabalho na capital. Nas especializadas, apenas Jorge Moreira, titular da Delegacia de Homicídios, encaminhou algumas atividades. Muitos profissionais do interior do Estado também marcaram presença na assembleia da categoria.


Presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, Gilberto Cândido de Lima, explicou que a operação tartaruga ainda não é uma greve, mas deve desencadear uma paralisação. Segundo ele, os militares vão continuar a comparecer em seus postos de trabalho, mas as atividades de segurança pública serão desempenhadas lentamente. “Uma ocorrência que demoraria 3 minutos para ser atendida, será prolongada por 30 ou 60 minutos”, exemplificou.


De acordo com as entidades militares, por causa do impasse em resolver o problema da dívida da Celg, o Poder Executivo alega falta de recursos para o pagamento das perdas salariais da categoria.


Malu Longo


Fonte: Jornal O Popular

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