quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Se o pagamento não sair até esta sexta, o funcionalismo público vai parar

Há 52 dias os servidores não recebem nenhum pagamento.


 

O Fórum em Defesa dos Servidores e dos Serviços Públicos de Goiás se reuniu na manhã desta quarta-feira, 12, com a promotora Marilda Helena dos Santos para discutir o pagamento da folha atrasada de dezembro. Na sede do Ministério Público do Estado, representantes das associações e sindicatos dos servidores públicos deixaram claro que a situação já atingiu o limite.


Affego e Sindifisco haviam proposto, no início desta semana, ao secretário da Fazenda, Simão Cirineu, uma solução para colocar o pagamento em dia: a quitação integral e imediata do restante da folha de dezembro e um cronograma para pagamento dos salários de janeiro e fevereiro até o dia 10 do mês subsequente, conforme determina a Constituição Estadual. Esta proposta não foi aceita pelo secretário.

 
Saiba mais sobre o ofício enviado ao Secretário.

 
Na reunião desta quarta-feira, todos os servidores salientaram que a prioridade agora é exigir a quitação do restante da folha de dezembro integralmente e sem parcelamentos. Segundo os representantes do Fisco que estavam presentes, Admar Otto e Rogério Cândido, na data de hoje a Fazenda já tem dinheiro suficiente em caixa para pagar dezembro e, na data certa, janeiro. De acordo com a categoria, que está diretamente ligada à arrecadação do Estado, há hoje nos cofres públicos R$ 300 milhões. A dívida referente a salários é de R$ 175 milhões, ou seja, o governo tem dinheiro suficiente para quitar a folha em atraso.

 
Apesar dos pedidos da promotora Marilda Helena para que as entidades não façam greve, o Fórum promete paralisar tudo na próxima terça-feira, 18, caso o salário de dezembro não saia até as 16 horas desta sexta-feira, 14. Foi decidido que, se o pagamento não for feito, todo o funcionalismo público, inclusive quem recebeu a folha do mês passado, realizará assembleia geral unificada às 10 horas da segunda-feira, 17, na Assembleia Legislativa, para deliberar sobre paralisação do dia seguinte, que, se acontecer realmente, será gigantesca.

 
“Nós vamos parar tudo. Vamos fechar até a BR”, disse Maria de Fátima Veloso Cunha, presidente do SindSaúde e coordenadora do Fórum. Depois da reunião no Ministério Público, parte dos representantes se deslocaram para a sede do Sindifisco para redigir e assinar o termo que será entregue à procuradoria-geral do Estado numa outra reunião, marcada para a tarde de hoje.

 
Fonte/Autoria: Raisa Ramos • Estagiária de Imprensa Affego



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