segunda-feira, 18 de maio de 2009

Forças Armadas (aos colegas adesguianos)

O papel das Forças Armadas tem sido significativo na História Brasileira. A partir da Guerra do Paraguai, o Exército tornou-se ator relevante, com papel direto e decisivo na própria Proclamação da República.

Com a Revolução de 1930, e, sobretudo a partir do Estado Novo, as Forças Armadas adquiriram uma presença ainda mais nítida nas decisões da Nação. Nos anos 30, os temas da democracia e do autoritarismo eram inseparáveis da questão do alinhamento brasileiro com os Estados Unidos ou com a Alemanha.

Subjacente a essas divergências achava-se em curso um importante processo de consolidação organizacional: a partir dessa época, as Forças Armadas passaram a exercer ampla influência sobre tudo o que dissesse respeito à sua própria organização e à política militar do País, e mesmo sobre questões políticas mais amplas.

Divergências internas continuaram a existir no pós-guerra, com especial virulência na crise político-militar que precedeu ao suicídio do presidente Getúlio Vargas, em agosto de 1954. Com a prolongada crise econômica e política vivida pelo País no início dos anos 60, as Forças Armadas intervieram, derrubando o presidente João Goulart e assumindo diretamente o controle do País, permanecendo assim por 21 anos.

A Constituição de 1988, em seu artigo 142, coloca as Forças Armadas responsáveis por "zelar pela defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa destes, da lei e da ordem". Hoje, as FFAA brasileiras são instituições profissionalizadas, que buscam redefinir seus papéis em uma democracia consolidada e um novo contexto internacional, que traz novos desafios para a manutenção da segurança nacional, da lei e da ordem.

As FFAA tiveram um papel decisivo na história brasileira, o de manter a Nação acima de qualquer interesse, como um timoneiro, nos guiando por séculos em águas revoltosas, tempo fechado e ameaças de rupturas. Assumiram a responsabilidade pela garantia do que elas chamaram "Objetivos Permanentes da Nação", que deveriam prevalecer sobre eventuais preferências ou decisões dos governos.

Se hoje somos soberanos foi porque algum bravo militar atravessou a Amazônia, o Agreste, o Cerrado, os Pampas, os Rios, os Mares e os Ares, sem se preocupar com a falta de meios e os óbices. Enquanto a sociedade discute a crise atual, os militares criam o Plano de Mobilização e Desmobilização Nacional, uma preocupação no presente, mas o olhar no futuro. Assim está sendo no presente e assim foi no passado.

Se hoje temos uma zona franca em Manaus foi porque era ali que deveríamos vivificar a nação; agricultura desenvolvida porque o cerrado tinha que ser desbravado e ocupado; recebemos tantos imigrantes e estes foram direcionados para o clima frio do sul porque o nosso povo era pouco e não conseguia ali permanecer, e tínhamos que ocupar o sul; nossos fortes a beira mar fizeram desenvolver nossas maiores cidades.

Enfim, as Forças Armadas se confundem com o Brasil porque não existe um sem o outro.

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