sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ações do Programa UPP Social em favelas ocupadas pela polícia já somam R$ 650 milhões

Rio de Janeiro



RIO - No cargo há apenas um mês, Ricardo Henriques, coordenador do Programa UPP Social, da prefeitura, fez as contas. Juntas, as ações do município em 13 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que beneficiam 16 favelas, assim como nos complexos do Alemão e da Penha, ocupados por forças de segurança, já somam R$ 650 milhões. A maior parte dos recursos (68%) é aplicada em obras de urbanização. Mas há também projetos nas áreas de educação, saúde, obras e conservação. Todos com metas a serem cumpridas até 2012. São ações que o coordenador classifica como uma forma de levar a República para dentro das comunidades e que ajudam a integrá-las à cidade formal.
 
 
Além de coordenar o trabalho de diferentes órgãos, a UPP Social identifica as demandas das comunidades, ouvindo os moradores. Os projetos reúnem obras e investimentos, mas também a criação de serviços, como coleta diária de lixo. Embora possa parecer algo trivial para o restante da cidade, Henriques diz que o serviço afeta a relação dos moradores com o poder público:

- O padrão de coleta de lixo hoje nas áreas de UPP, que não têm mais o constrangimento da guerra e do narcotráfico, é no nível Leblon. Se eu não der um padrão Leblon, o que acontece? Dada a história de degradação, de falta de República nesses territórios, chegar a um padrão médio não resolve. É preciso não só levar os serviços, mas levar serviços de qualidade.


Entre as metas da UPP Social, existe a de criar 1,8 mil vagas em creches públicas e conveniadas até o fim do próximo ano nos complexos da Penha e do Alemão - que devem ganhar UPPs este ano. Para isso, a prefeitura pretende construir 15 Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs), orçados em R$ 53 milhões. O projeto completo, anunciado anteontem, totaliza um investimento de R$ 270 milhões. As outras comunidades vão ganhar 27 EDIs. Na área da saúde, até 2012, as favelas pacificadas terão 17 Clínicas de Família e Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPAs), que auxiliam o Programa Saúde da Família (PSF).



Fábio Vasconcellos


Fonte: O Globo

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