quinta-feira, 7 de abril de 2011

Por que eles fazem isso?

Aconteceu de novo.


Nova chacina em escola desafia a interpretação desse fenômeno.

Um ex-aluno invadiu, na manhã desta quinta-feira, a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, fez vários disparos, que teriam atingido pelo menos 30 alunos. Segundo o relações-públicas do Bombeiros, coronel Evandro Bezerra, treze pessoas morreram e 30 ficaram feridas. O atirador seria Wellington Menezes de Oliveira. Ele foi baleado na perna e depois se matou.

 O fenômeno é tipicamente americano. Nas escolas americanas, os assassinatos são indiscriminados e ocorrem por razões bem mais obscuras. Depois de cada nova explosão de violência, psicólogos, educadores e policiais tentam juntar as peças do ocorrido, em uma tentativa quase sempre frustrada de entender o que se passou. Não há, por enquanto, uma explicação completa para esse fenômeno, mas os dados estatísticos ajudam a dar uma idéia do tipo de jovem que, ressentido por alguma razão, se arma e atira em colegas e professores.

Um levantamento feito pelo jornal The New York Times de 100 chacinas, incluindo as cometidas em escolas, mostra que seis em cada dez assassinos fizeram algum tipo de ameaça antes de levar a cabo suas intenções.

Em todos os casos estudados, os matadores ou se entregaram à polícia ou cometeram suicídio depois das chacinas. A grande maioria é formada por brancos de classe média como ele (71%). Em crimes comuns, apenas 36% pertencem a esse grupo étnico e social. Os homicídios em massa também tendem a acontecer durante o dia (81%), como em San Diego, enquanto a maior parte dos demais ocorre à noite (57%). Um estudo elaborado pelo governo dos Estados Unidos constatou um aumento no número de assassinatos em escolas. Os casos saltaram de dois incidentes por ano no início dos anos 90 para cinco no final da década. Apenas entre 1997 e 1998 houve catorze mortes em chacinas com mais de uma vítima em colégios americanos. Além de incompreensível, o fenômeno parece também incontrolável.


Fonte: Revista Veja

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